Segundo a empresa fabricante, o composto pode ser feito para simular diferentes texturas, como pedra, madeira e concreto. Desta forma, o material pode não só ser aplicado em telhados, como moldado para revestir fachadas, muros de jardins e pátios, além de pavimentos, como calçadas, estacionamentos e passarelas.
As possibilidades de gerar energia solar em casa estão cada vez mais sofisticadas. Enquanto os custos de compra e instalação de painéis solares comuns ainda são barreiras, as telhas solares – que integram as células fotovoltaicas com o próprio material do telhado – seguem em crescente desenvolvimento. Um dos modelos mais promissores foi desenvolvido pela empresa italiana Dyaqua, responsável por criar uma telha solar “invisível” – isto porque é impossível notar sua função de gerar energia renovável.
Apelidada de Invisible Solar, passa despercebido as células fotovoltaicas integradas na telha. A ideia de esconder as células já havia sido desenvolvida pela Tesla com o Solar Roof, mas ainda assim o novo produto chama atenção pelo design imitar fielmente as clássicas telhas de cerâmica.
“Cada módulo é mais do que um painel fotovoltaico, é também um elemento arquitetônico ativo com várias funcionalidades”, afirma a Dyaqua. Não é à toa que, desde 2018, um projeto piloto introduziu as telhas solares em algumas das casas das ruínas de Pompeia, uma cidade no sul da Itália destruída após a erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C. e que atualmente funciona como um dos sítios arqueológicos mais importantes do mundo.
“Se parecem exatamente com os ladrilhos de terracota usados pelos romanos, mas produzem a eletricidade de que precisamos para iluminar os afrescos”, disse Gabriel Zuchtriegel, diretor do Parque Arqueológico de Pompeia, ao site TechXplore. O sítio arqueológico precisava de um sistema de iluminação extenso, mas postes e cabos espalhados iriam desfigurar suas características originais. A telha solar invisível mostrou-se uma solução viável para preservar o patrimônio histórico sem abrir mão da tecnologia sustentável.
“A nossa iniciativa não é meramente simbólica. Através dos milhões de turistas que nos visitam todos os anos, queremos enviar uma mensagem ao mundo: o patrimônio cultural pode ser gerido de forma diferente e de forma mais sustentável”, afirmou Zuchtriegel.
Telha solar invisível
A telha solar invisível é constituída por uma peça única, indivisível e resistente, que esconde e protege as células fotovoltaicas que se encontram incorporadas no seu interior. As peças são artesanais, feitas sob encomenda.
Cada telha é feita de um composto de polímero atóxico e reciclável. O material também é fotocatalítico, o que significa que a luz ativa um processo natural que purifica o ar enquanto limpa a superfície da telha. Já as células fotovoltaicas de silício monocristalino são integradas manualmente e cobertas com uma camada do composto polimérico. A superfície, que é opaca à vista mas translúcida aos raios solares, permite a passagem de luz que irá alimentar as células.
Cada painel pesa cerca de dois quilos e tem uma potência de pico de 7,5 watts de pico (Wp).
Segundo a empresa fabricante, o composto pode ser feito para simular diferentes texturas, como pedra, madeira e concreto. Desta forma, o material pode não só ser aplicado em telhados, como moldado para revestir fachadas, muros de jardins e pátios, além de pavimentos, como calçadas, estacionamentos e passarelas.
“O Invisible Solar é extremamente adaptável e pode assumir a aparência dos principais materiais de construção, oferecendo inúmeras combinações possíveis de formas e cores”, garante a Dyaqua, que também projeta e fabrica tecnologias de iluminação fotovoltaica e LED. Por fim, a instalação é simples e similar ao telhado de cerâmica, não há necessidade de estruturas adicionais.
Fonte: CicloVivo
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