Até esta quinta-feira (9), a operação resultou na destruição de 26 dragas, oito barcos, quatro rebocadores e 42,5 mil litros de diesel. Além disso, nove antenas Starlink e 3,2 kg de mercúrio foram apreendidos.
A ação se concentra nos rios Jandiatuba, Boia, Jutaí, Igarapé Preto e Igarapé do Mutum. Das 26 dragas destruídas, seis eram de grande porte, avaliadas em aproximadamente R$ 5 milhões. Estas dragas, segundo estimativas, eram capazes de extrair cerca de 1 kg de ouro por mês da região
Os barcos e rebocadores apreendidos eram utilizados para dar suporte aos garimpeiros, enquanto o diesel apreendido servia para abastecer as dragas. As antenas Starlink, por sua vez, eram usadas para facilitar a comunicação dos criminosos, especialmente para alertar sobre a presença de fiscalização.
O garimpo ilegal representa uma ameaça significativa para os povos indígenas do Vale do Javari, área que abriga a maior concentração de grupos indígenas isolados do mundo. Durante a seca, os indígenas se aproximam mais dos rios em busca de água e alimento, elevando o risco de contato com os criminosos.
Além dos riscos humanos, os danos ambientais causados pelo garimpo são extensos. As dragas destruídas eram responsáveis pela degradação de mananciais, margens de rios e igarapés. O processo de dragagem, que lança material nos rios, provoca assoreamento, prejudicando a reprodução de peixes e plantas e, consequentemente, a cadeia alimentar e as comunidades que dependem da pesca.
Um aspecto particularmente nocivo do garimpo é o uso de mercúrio para a separação do ouro, contaminando a água e causando graves impactos ambientais e à saúde. A operação segue em curso, reafirmando o compromisso das autoridades brasileiras na proteção do meio ambiente e das comunidades indígenas.
*Com informações G1
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