A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, anunciou nesta 5ª feira (22/6) que a entidade atingiu sua meta de disponibilizar US$ 100 bilhões em direitos de saque especiais para países vulneráveis à mudança climática.
O objetivo foi definido em 2021, quando países desenvolvidos concordaram em redistribuir alguns de seus direitos de saque não utilizados do FMI em benefício de nações mais pobres.
Os direitos de saque especiais são um dos instrumentos mais importantes do FMI para resguardar as economias nacionais de eventuais choques, permitindo a liberação rápida de recursos. Pela proposta do FMI, o montante de US$ 100 bilhões poderá ser destinado a países de baixa renda na eventualidade de episódios climáticos críticos, como as chuvas históricas que atingiram o Paquistão no ano passado. Esse dinheiro ajudará, assim, a aliviar os impactos econômicos mais imediatos de eventos climáticos extremos. AFP e Reutersderam mais informações.
O anúncio do FMI é o primeiro resultado concreto da cúpula internacional sobre financiamento para o clima que acontece em Paris nesta semana. O encontro reúne líderes internacionais, empresários, ativistas climáticos e especialistas para buscar maneiras de destravar o financiamento para ação climática nos países mais pobres e vulneráveis. Um dos focos da reunião é discutir a reforma das instituições financeiras multilaterais, como o próprio FMI e o Banco Mundial.
Falando no Banco Mundial, o seu novo presidente, Ajay Banga, também confirmou que a instituição pretende implementar novas medidas para facilitar a destinação de recursos aos países em desenvolvimento atingidos por desastres climáticos. Entre os mecanismos propostos, estão a suspensão temporária de pagamentos de empréstimos dos governos ao Banco Mundial na eventual ocorrência de eventos extremos, além da incorporação de um seguro contra catástrofes em novos empréstimos. A notícia foi reportada por Bloomberg e Reuters, entre outros.
O texto foi publicado por CLIMA INFO
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