O grupo emergencial de acompanhamento reporta aumento na mortandade de botos no Lago Tefé, enquanto o governo federal mobiliza-se para avaliar e mitigar os impactos da extensa seca que atinge a Amazônia. A estiagem sem precedentes no Amazonas e regiões vizinhas tem acirrado preocupações ambientais, energéticas e logísticas.
Dramática mortandade de botos
No Lago Tefé, o cenário é desolador. Mais cinco carcaças de botos foram descobertas, elevando o número de mortes desses mamíferos aquáticos para mais de 125, conforme relatório do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. Suspeita-se que as altas temperaturas locais sejam o principal fator por trás deste fenômeno.
Conjuntamente, uma floração de algas surgiu no Lago Tefé, levando especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) a investigar sua possível influência neste quadro.
A crescente crise motivou a viagem do vice-presidente Geraldo Alckmin a Manaus, objetivando a avaliação dos impactos da seca e a definição de medidas de contenção. A comitiva, composta por ministros e representantes de vários setores do governo, discutiu iniciativas variadas.
Entre elas, destaca-se a realização de obras de dragagem nos Rios Solimões e Madeira, investimentos totalizando R$ 138 milhões, visando melhorar a navegabilidade. Também está em estudo a liberação do seguro-defeso aos pescadores afetados e a implementação de brigadistas para controle de incêndios.
O Ministério de Minas e Energia revelou que sistemas isolados no Amazonas possuem estoque de óleo diesel para pelo menos mais 30 dias, uma ação preventiva crucial neste contexto.
Impactos educacionais e alertas municipais
Em virtude da seca, Manaus antecipou o encerramento do ano letivo em escolas ribeirinhas, dificultadas pela logística adversa. A região apresenta um cenário alarmante: 23 municípios já decretaram situação de emergência e, do total de 62 municípios amazonenses, 35 estão em alerta.
A seca extrema na Amazônia ilustra uma crise multifacetada, exigindo medidas urgentes e coordenadas para mitigar seus variados impactos. O governo federal, aliado a institutos de pesquisa e órgãos locais, esforça-se para responder de forma efetiva a este desafio sem precedentes.
*Com informações Agência Brasil
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