Após a recente tragédia vivida pelo Amazonas, a notícia de uma redução nos recursos destinados à prevenção e controle de incêndios florestais nas áreas federais prioritárias, incluindo a Floresta Amazônica, gera preocupação. O Orçamento Geral da União, aprovado pelo Congresso na última sexta-feira, prevê uma diminuição de aproximadamente R$ 4 milhões para o ano de 2024, baixando o valor de pouco mais de R$ 67 milhões para R$ 62,6 milhões.
Essa redução vem em um momento delicado, considerando os recentes episódios de queimadas intensas que encobriram o Amazonas com uma densa nuvem de fumaça entre setembro e novembro, impactando significativamente a vida da população local. O deputado Amom Mandel (Cidadania-AM) expressou críticas ao relator da proposta orçamentária, Luiz Carlos Motta (PL-SP), enfatizando que a diminuição dos recursos compromete um trabalho essencial para garantir a qualidade de vida dos habitantes da região
O deputado Mandel também ressaltou os efeitos das mudanças climáticas e a previsão de continuidade do fenômeno El Niño, principalmente nos estados do Norte do Brasil, aumentando o risco de incêndios mais intensos devido à maior degradação ambiental. A situação é ainda mais grave quando se leva em conta a maior seca registrada em 121 anos no Amazonas, que afetou o transporte fluvial e agravou os desafios enfrentados pela população.
Este corte no orçamento para prevenção e controle de incêndios florestais em uma região tão crítica quanto a Amazônia levanta sérias questões sobre a priorização de recursos e a necessidade de medidas efetivas para proteger um dos biomas mais importantes do planeta e as comunidades que nele residem
*Com informações ESTADÃO
Comentários