O Pantanal enfrenta um grave cenário de incêndios florestais, intensificados por fortes ventanias. A situação, marcada por uma paisagem de fumaça densa e céu amarelo, apresenta não apenas animais mortos, mas também muitos em fuga.
Mauro Pires, presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), explica que os ventos estão dificultando o combate ao fogo. Ele destaca um fenômeno preocupante onde brasas são levadas pelo vento, provocando novos focos de incêndio em áreas anteriormente não afetadas.
Segundo Pires, apesar de uma melhora relativa em relação à semana anterior, a situação ainda exige uma intensificação dos esforços das equipes de profissionais. O combate às chamas se estende para além do parque nacional, com estratégias de prevenção que têm sido fundamentais. Sobrevoos na comunidade Barra do São Lourenço, em Mato Grosso do Sul, demonstram a importância destas ações.
A segurança dos moradores locais é uma das maiores preocupações. Equipes de Goiás, do Rio de Janeiro e da comunidade Kalunga de Cavalcante foram mobilizadas para reforçar os esforços. Atualmente, mais de 300 servidores estão envolvidos no combate aos incêndios, com o apoio de aeronaves e veículos especiais, um esforço conjunto entre Ibama e ICMBio.
Pires salienta que as causas dos incêndios no Pantanal são variadas, incluindo fenômenos naturais como quedas de raios, mas também a possibilidade de atividades humanas.
Uma equipe está dedicada ao resgate de animais em perigo, uma missão que, segundo o presidente do ICMBio, exige cautela e coordenação devido às rápidas mudanças de direção do fogo.
A reportagem da Agência Brasil constatou a presença de animais mortos e testemunhou a fuga de outros, como cervos, diante do avanço das chamas. Pires enfatiza a necessidade de um trabalho cuidadoso e coordenado, tanto para a segurança dos profissionais quanto para a eficácia no combate aos incêndios e no resgate da fauna local.
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