O estado do Amazonas enfrenta uma situação alarmante com o aumento drástico dos incêndios florestais. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), até esta quinta-feira, foram identificados 1.664 focos de fogo ativos por satélite. Em resposta a essa crise ambiental, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) anunciou o envio de reforço de 149 brigadistas para combater as chamas, totalizando 289 brigadistas atuando contra os incêndios no estado.
A situação crítica é atribuída a vários fatores, incluindo o desmatamento acumulado na região, a influência do fenômeno El Niño e as mudanças climáticas que agravaram a seca no Amazonas neste ano. Municípios como Autazes, com 141 focos de fogo, e Careiro, com 110, estão entre os mais afetados.
A ministra do MMA, Marina Silva, declarou em uma entrevista coletiva nesta sexta-feira que o Brasil está enfrentando uma “situação de emergência climática” e apelou à sociedade para que não realize mais queimadas na região. O governo também se comprometeu a disponibilizar dois helicópteros para auxiliar no combate aos incêndios no estado.
Os números são alarmantes, com um aumento de 147% nos focos de calor em outubro em comparação com o mesmo mês de 2022. Isso marca uma reversão da tendência observada até setembro, que indicava uma redução dos incêndios no Amazonas. No entanto, quando se considera o acumulado de janeiro até 12 de outubro, houve uma redução de 11,3% nos focos de calor
Além do impacto ambiental, os incêndios têm causado sérios problemas de qualidade do ar na região metropolitana de Manaus, com níveis de poluição atmosférica muito acima dos limites recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ricardo Coutinho, presidente do Ibama, alertou que Manaus registrou níveis de poluição de 225 microgramas por metro cúbico (µg/m³), enquanto a OMS recomenda um máximo de 20 µg/m³. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recomenda o uso de máscaras na cidade de Manaus devido à situação crítica.
A ministra Marina Silva enfatizou a necessidade de uma ação imediata e conscientização sobre a crise climática. Ela destacou que o mundo está testemunhando um cenário que foi previsto há mais de 30 anos e apelou para a colaboração do poder público e da sociedade em geral para enfrentar essa emergência climática no Amazonas. A situação exige esforços conjuntos para proteger essa região vital para o equilíbrio ambiental global.
Governo promete recursos para combater a crise humanitária no Amazonas
À medida que a crise ambiental no Amazonas se agrava devido aos incêndios florestais que atingem o estado, o ministro da Integração e Desenvolvimento Nacional, Waldez Góes, anunciou um compromisso firme do governo federal em fornecer todos os recursos necessários para combater a crescente crise humanitária na região.
Os incêndios que devastam a floresta amazônica têm causado impactos significativos na vida das comunidades locais, afetando não apenas o meio ambiente, mas também ameaçando a saúde e o bem-estar dos habitantes do Amazonas. O governo federal está ciente da gravidade da situação e está tomando medidas para lidar com essa emergência humanitária.
O ministro Góes afirmou que o governo está disposto a alocar todos os recursos necessários para enfrentar essa crise. A crise humanitária resultante dos incêndios e da poluição do ar em Manaus requer ações imediatas e coordenadas para garantir o apoio às comunidades afetadas.
As ações do governo não se limitam apenas ao combate aos incêndios florestais, mas também incluem medidas para mitigar os efeitos devastadores da poluição atmosférica, que está afetando a qualidade do ar em Manaus, colocando a saúde da população em risco.
A crise no Amazonas é um lembrete urgente da necessidade de ações decisivas para proteger a região e suas comunidades. A colaboração entre o governo federal, estadual e municipal, bem como com organizações não governamentais e a sociedade civil, é fundamental para enfrentar essa crise humanitária.
Neste momento crítico, o compromisso do governo em fornecer os recursos necessários é um passo importante na direção certa. Espera-se que esses recursos sejam direcionados de forma eficaz para atender às necessidades imediatas das comunidades afetadas e ajudar a proteger o meio ambiente precioso que é o pulmão do planeta.
*Com informações Agência Brasil
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