A ministra Luciana Santos, comentou que “Este estudo nos impulsiona a tomar ainda mais iniciativas que possam reverter essa tendência negativa”, afirma. Positivamente, ela menciona que em julho deste ano houve uma diminuição de 66% no desmatamento na região da Amazônia.
Um crescimento alarmante
Em uma virada preocupante para a maior floresta tropical do mundo, as emissões de dióxido de carbono (CO2) na Amazônia dispararam 89% em 2019 e impressionantes 122% em 2020. Este aumento é comparado à média observada de 2010 a 2018. A alarmante estatística foi divulgada em um estudo fresco da renomada revista Nature nesta quarta-feira (23).
Causas e consequências
As descobertas do estudo mostram que a flexibilização das leis de proteção ambiental e das estratégias públicas de contenção do desmatamento na região durante 2019 e 2020 contribuíram para esse aumento das emissões. Entre os culpados, destaque para o desmatamento, as queimadas e a degradação florestal.
Em palavras simples, Luciana Gatti, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e coordenadora do estudo, explica: “Há uma conexão evidente entre o aumento do desmatamento e a queda nas penalizações aplicadas”. Dados confirmam essa afirmação: as multas emitidas sofreram reduções de 30% em 2019 e 54% em 2020. Ainda mais perturbador é o declínio no pagamento das multas – uma queda de 74% e 89% nos respectivos anos.
Reações do governo
Com os dados agora em evidência, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, comenta sobre a necessidade de mais esforços. “Este estudo nos impulsiona a tomar ainda mais iniciativas que possam reverter essa tendência negativa”, afirma. Positivamente, ela menciona que em julho deste ano houve uma diminuição de 66% no desmatamento na região da Amazônia.
Mais detalhes da pesquisa
Dentro dos dados apresentados, o estudo também revela que houve um aumento de 80% no desmatamento da região. Outros dados perturbadores incluem um aumento de 42% nas áreas queimadas, um surpreendente 693% na exportação de madeira bruta, 68% no cultivo de soja, 58% na área de plantio de milho e um aumento de 13% no rebanho bovino na Amazônia.
Um time de 30 cientistas, abrangendo especialistas do Inpe focados em desmatamento e queimadas e pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais, além de outros profissionais de instituições nacionais e internacionais, contribuíram para este estudo. A pesquisa contou com 742 voos realizados entre 2010 e 2020 para a coleta de amostras, mostrando o rigor e a profundidade da investigação.
Com informações da Agência Brasil
Comentários