A primeira metade de junho não registrou nenhum alerta de desmatamento por garimpos ilegais na terra indígena yanomami, segundo o sistema de monitoramento da Polícia Federal. O dado mostra, para a corporação, que a crise que teve seu momento mais agudo no início do ano está controlada.
A PF deflagrou em 10 de fevereiro a Operação Libertação, junto com as Forças Armadas, Ibama, Polícia Rodoviária Federal e órgãos ambientais, após vir à tona a calamidade humanitária na terra indígena. Desde então, as instâncias têm mantido a presença na região para mitigar o garimpo ilegal.
Os números vêm se reduzindo desde então. Em abril de 2022, por exemplo, foram registrados 444 alertas de desmatamento na ferramenta utilizada pela corporação, que usa imagens de satélites. Em abril de 2023, foram apenas 19. Já em maio, a cifra caiu para 10. Em junho, não houve nenhum alerta até a última quinta-feira (15).
O garimpo ilegal teria movimentado R$ 64 milhões em dois anos, segundo a PF. Empresas de fachada foram usadas na tentativa de dar ar de legalidade às transações financeiras, conforme as investigações. O dinheiro era oriundo de compra e venda de ouro ilegal.
Texto publicado em O TEMPO
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