Nota de Repúdio
É imperiosa a manifestação pública de desagravo diante das inaceitáveis agressões de um colega de trabalho à conselheira Yara Lins, recém eleita para o 2º mandato de presidente.
Um sentimento de profunda indignação tomou conta de cidadãs e cidadãos da sociedade diante da denúncia feita pela conselheira às autoridades policiais do Estado. As agressões e insultos desferidos contra a conselheira Yara Lins, no plenário de Contas do Amazonas, cobre de constrangimento e revolta a dignidade do povo amazonense. A denúncia – urgente, coerente e oportuna – busca deter a insensatez que rebaixa seu autor ao patamar da barbárie que supúnhamos ter ficado em passado longínquo.
Testemunhas reafirmam o teor dos lamentáveis acontecimentos ocorridos durante a reunião no plenário do TCE, tão logo saíram os resultados das eleições do TCE-AM. Os eleitores qualificados daquela Corte escolheram Yara Lins, pela segunda vez, para ocupar a presidência. Ela foi alvo de agressões verbais e ameaças por parte do conselheiro Ari Moutinho, utilizando palavras ofensivas que jamais deveriam ser proferidas em um ambiente profissional.
Merece, pois, veemente repúdio a conduta de Ari Moutinho, que não apenas desrespeitou a integridade moral e física de Yara Lins, uma história admirável de serviço público e uma conduta civilizada e afável testemunhada por seus pares e todos os servidores daquela Casa onde Yara Lins se desdobra ao interesse público há quarenta anos. Um comportamento agressivo recorrente e descabido. Este tipo de atitude é absolutamente inaceitável e incompatível com os valores que regem qualquer instituição pública ou ambiente social.
Diante da gravidade desses eventos, medidas na esfera administrativas, criminal e cível devem ser tomadas de forma imediata. E que a justiça possa ser exercida com o rigor que a conduta exige. Comportamentos como o de Ari Moutinho precisam ser removidos, inibidos e punidos como exigem os mais elementares códigos de conduta. . Ninguém, independentemente de sua posição ou influência, deve estar acima da lei.
O avanço civilizatório, em pleno século XXI, não mais acolhe atos de machismo, terrorismo e ameaças. E o que torna mais grave e irracional este tipo de conduta é o fato de ser praticado por um agente público, aquele que deveria ser o arauto das boas práticas e do respeito aos demais. Em contrapartida, se mostra inspirador ver a coragem de Yara Lins em denunciar esse abuso e sua recusa em curvar-se diante das pressões e intimidações. Nossa solidariedade está com ela, e esperamos que a justiça seja feita, preservando assim a integridade e a dignidade de todos os envolvidos na construção de uma sociedade civilizada, mais solidária e fraterna.
Comentários