A Terra Indígena Apyterewa, localizada no sul do Pará, se tornou cenário de um novo episódio de violência nesta segunda-feira (4/12). Uma emboscada a uma equipe da força-tarefa responsável pela retirada dos invasores resultou em um servidor da FUNAI ferido por disparos de arma de fogo. Os criminosos conseguiram fugir após o ataque.
O incidente ocorreu quando os agentes retornavam de uma atividade em campo e foram surpreendidos por tiros em três pontos diferentes. Relatos de g1, Metrópoles, O Globo e O Tempo indicam que duas viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) também foram atingidas. O servidor ferido foi prontamente encaminhado para um hospital em Marabá para tratamento.
Este aumento da violência segue a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, de reverter uma decisão anterior do ministro Nunes Marques, permitindo a continuidade das ações de desintrusão na região. A área, que sofre com desmatamento intensivo e invasão, tem mais ocupantes ilegais do que indígenas, segundo relatos.
O Plano de Desintrusão das Terras Indígenas Apyterewa e Trincheira Bacajá, autorizado pelo STF, começou em 2 de outubro. Desde então, as operações resultaram na apreensão de agrotóxicos, armas, drogas, veículos e na desocupação de centenas de estruturas ilegais
A decisão de paralisação inicial de Nunes Marques atendeu a pedidos de associações de pequenos produtores rurais, mas foi rapidamente revertida por Barroso, que destacou a importância de dar continuidade ao plano homologado pelo STF. Fontes como ((o))eco, Agência Brasil, CNN, Poder 360, O Globo e Folha reforçam a complexidade do caso.
A situação na Terra Indígena Apyterewa é crítica, envolvendo interesses de políticos e fornecedores de frigoríficos, alguns dos quais ocupam o território ilegalmente.
A operação de desintrusão feita embora necessária, enfrenta resistência significativa, destacando a tensão e o conflito na região.
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