Os investimentos para o desenvolvimento de tecnologias imprescindíveis para a limitação do aquecimento global a 1,5°C foram de aproximadamente US$ 220 bilhões desde 2013.
Só nos 12 meses entre julho de 2020 e junho do ano passado, foram investidos US$ 87 bilhões. O desenvolvimento de veículos elétricos e no setor de mobilidade e logística em geral recebeu quase US$ 60 bilhões. E a maior parte, ⅔, ficaram nos EUA, seguidos de Europa e China. Os dados são da edição 2021 do relatório “State of Climate Tech” da PwC.
Daniela Chiaretti destacou no Valor as 15 áreas cobertas pelo trabalho: “As cinco principais, que respondem por mais de 80% do potencial de redução de emissões, receberam apenas 25% do investimento nos oito anos (entre 2013 e 2021).” Para comparação, só a indústria do carvão recebeu US$ 1,5 trilhão nos últimos 3 anos, conforme comentamos na semana passada.
Vale ressaltar que o volume de investimentos na transição segue sua curva ascendente, enquanto a do carvão vem caindo.
O hidrogênio é uma das áreas que vem recebendo cada vez mais atenção. Chris Goodall, do Carbon Commentary, explica porque o gás é a melhor maneira de compensar as variações de ventos e insolação, claro, desde que produzido a partir de vento, sol e outras fontes limpas. Aliás, produzidos exatamente quando a oferta de eletricidade dessas fontes limpas for maior do que a demanda. Apesar da eficiência da eletrólise ainda ser da ordem de 50%, Goodall entende que o hidrogênio ainda sai bem mais barato do que as baterias. E nota que os ganhos de eficiência com o hidrogênio tendem a ser maiores do que com as baterias.
Uma maneira ainda bem cara, mas promissora de produzir hidrogênio está sendo desenvolvida pela universidade de Tóquio, com o apoio da Toyota e da Mitsubishi. A matéria do Valor conta que a ideia é desenvolver algo parecido com a fotossíntese para separar o oxigênio do hidrogênio na água.
Fonte: ClimaInfo
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