O final da COP27 não encerra a agenda internacional de meio ambiente de 2022. Em pouco menos de duas semanas, começará em Montreal (Canadá) a segunda parte da 15ª Conferência das Partes (COP15) da Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica (CBD).
Disputando atenção pública com a Copa do Mundo de Futebol, o encontro terá uma tarefa importante para concluir: a definição de um acordo global para proteção da vida selvagem e dos ecossistemas degradados – um “Acordo de Paris” para a biodiversidade.
Como a Reuters assinalou, existia a expectativa de que os resultados da COP climática de 2022 pudessem impulsionar as negociações no Canadá no próximo mês, criando momentum favorável a um acordo. No entanto, o documento final de Sharm el-Sheikh não trouxe avanço em sua linguagem para a biodiversidade em relação à COP26 de Glasgow em 2021 – aliás, ele sequer cita a realização da COP15 de Biodiversidade.
Falha na COP27 esperança na COP15
A decisão final da COP27 “falhou em sinalizar a necessidade de [a COP15 de biodiversidade] ser bem-sucedida, demonstrando a separação contínua, desnecessária e desatualizada entre as abordagens do clima e da biodiversidade da ONU”, observou Brian O’Donnell, diretor da organização Campaign for Nature.
O texto em discussão entre os negociadores da CBD cita 21 metas de conservação ambiental, que vão desde a redução do uso de pesticidas até o corte de subsídios prejudiciais à natureza. A principal meta é proteger 30% do território terrestre e marinho do planeta até 2030. “Se as nações estão comprometidas com o texto que acabou de ser adotado no Egito, então devem seguir com metas ambiciosas de conservação da natureza em Montreal”, completou O’Donnell.
Texto publicado originalmente por CLIMA INFO
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