O pirarucu é antes de tudo um dos maiores peixes do Brasil. Algumas fontes dizem ser ‘o maior peixe de escamas de água doce do mundo’. Assim pode atingir três metros enquanto o peso mais de 200 kg. É encontrado na bacia Amazônica especificamente nas áreas de várzea. Em 2021 um pirarucu foi encontrado num rio da Flórida. Em consequência o alarme soou. Pirarucu em rios paulistas agora sinaliza problemas.
A espécie em rios da Flórida
E por que soou o alarme? À primeira vista porque pode indicar desequilíbrio ecológico assim como mais uma espécie invasiva nos Estados Unidos.
Atualmente, o site do governo do Maine diz: ‘as espécies invasivas prejudicam o meio ambiente, a saúde humana, consequentemente, a economia da nação’.
‘Dessa forma o custo direto e indireto é de mais de US$ 100 bilhões por ano’.
Em suma mais de US$ 100 bilhões nos Estados Unidos! Então imagine a dimensão do impacto por aqui.
E também em um lago na Malásia
Além disso o da Flórida não foi o único a invadir fronteiras internacionais. O www.pescamadora.com.br informa: ‘Pescadores e frequentadores do lago Tun Fu Stephens em Sabah, na ilha de Bornéu (Malásia) e autoridades ambientais malaias procuram entender como um pirarucu foi aparecer morto no lago’.
Além disso confirma os problemas de criações: ‘De acordo com o Portal Mirror, uma teoria aponta que o peixe vinha sendo mantido em um criatório porém como cresceu demais acabou solto no lago’.
Declínio mundial da biodiversidade
Antes de tudo é uma época sombria que vivemos consequentemente a queda da biodiversidade em escala global e com a rapidez atual, já levou pesquisadores a se perguntarem se já não vivemos a sexta extinção em massa.
Mas se a possibilidade ainda não é consenso definitivamente ninguém duvida que vivemos nova era geológica: o Antropoceno.
Em 2016, por exemplo, o Washington Post publicou What the ‘sixth extinction’ will look like in the oceans: The largest species die off first, em outras palavras A sexta extinção nos Oceanos: as maiores espécies desaparecem primeiro.
‘A perturbação somos nós’
Antecipadamente o WP explica: “Simplificando: as espécies estão se extinguindo a uma taxa que excede em muito o que se poderia esperar naturalmente. Por último isso é o resultado de uma perturbação no sistema. Consequentemente a perturbação somos nós.”
Invasão em rios paulistas, igualmente um problema
Primeiramente não sabíamos que desde 2015 o pirarucu é encontrado no Rio Grande próximo a Cardoso, divisa de São Paulo e Minas. Mas antecipadamente conheça o…
Arapaima gigas
Em primeiro lugar diz o wwf.org.br ‘O pirarucu (Arapaima gigas) é um dos maiores peixes de água doce do planeta. Nativo da Amazônia, ele promove benefícios para o ecossistema e comunidades que vivem da pesca. Seu nome vem de dois termos indígenas pira, “peixe”, e urucum, “vermelho” devido à cor de sua cauda’.
A espécie vive em lagos e rios afluentes, de águas claras, com temperaturas que variam de 24° a 37°C. O pirarucu é um animal sobretudo onívoro, pois se alimenta de seres animais e vegetais’.
Alimentação
De antemão o pirarucu se alimenta de peixes portanto é carnívoro como o salmão; analogamente come peixes nativos, pequenos roedores serpentes e, às vezes, até mesmo aves que caem na água.
Acima de tudo este é o problema. Afinal a espécie não é de rios paulistas dessa forma não tem predadores. Isso significa que pode se proliferar principalmente arrasando espécies nativas.
Nesse ínterim as autoridades entraram em pânico. Imediatamente apelaram: ‘ao toparem com um exemplar fotografem, filmem, e enviem as imagens’.
Como um peixe da Amazônia foi dar em São Paulo?
Desde já a infestação tem ‘n’ possibilidades. Ocasionalmente pode ser o aquarismo que provocou infestação mundial do peixe-leão por exemplo; além disso a criação de peixes de água doce em voga no Brasil.
seja como for a invasão de espécies não nativas portanto é problema mundial. E a carne do peixe, apreciada à mesa como mostra o Google.
Simultaneamente a criação de peixes de água doce avança no Brasil.
Criação de peixes em São Paulo
Bingo! Agora descobrimos como veio dar em São Paulo.
O pescador Odair Camargo, da região de Rio Grande (SP), falou ao www.grupoaguasclaras.com.br:
Tinha um criador de pirarucu aqui e, num período chuvoso, transbordou a represa. Ele tinha umas 180 matrizes de pirarucu. Os peixes desceram tudo para o rio, que é a represa nossa do Rio Grande e foram povoando. Hoje, a quantidade é imensa, por onde você navega você vê pirarucu
União, Estado e municípios devem adotar medidas
Segundo este site o coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Aquática Continental, o CEPTA, ligado ao ICMBio, disse que a União, Estado e municípios devem adotar medidas para evitar introdução destas espécies.
E o cidadão, diz grupoaguasclaras.com.br pode ajudar ao evitar a soltura em outros cursos d’água. Durante a pescaria consequentemente a orientação é que não seja liberado como na modalidade de pesca esportiva pegue e solte por exemplo.
A preocupação acima de tudo é que se espalhe por outras barragens e rios.
Definitivamente falar não basta. Antes de tudo estamos no Brasil que, frequentemente, não leva a sério questões ambientais. Fazem barulho. E só.
Antes de mais nada o peixe já se espalhou. Resta saber o tamanho do estrago no futuro. Segundo o www.oextra.net, em matéria publicada há dois anos Pela segunda vez em menos de um mês um pescador fisgou um gigante do Rio Grande, em Mira Estrela.
Desta vez a façanha foi de um pizzaiolo identificado como Lúcio. Ele fisgou um pirarucu de 112 quilos com 2.10m de comprimento.
Rio Turvo está infestado
O pirarucu em rios paulistas aumenta sobretudo no rio Turvo em Cardoso, no interior. Em janeiro de 2022 o Estado de Minas publicou: Jovem pesca pirarucu de 117 quilos no interior de São Paulo.
Em seguida, A espécie tomou conta do Rio Turvo, o que acabou prejudicando os peixes nativos da região noroeste paulista.
É isto. Esperamos que as informações sejam úteis! Fique atento, e faça sua parte.
Assista ao vídeo da pesca em Rio Grande, SP
Texto publicado originalmente em Mar sem fim
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