Barbárie é enganar as pessoas com falsos remédios, é menosprezar a dor alheia, tripudiar, imitando a agonia dos que não conseguiam respirar. É conviver com covas coletivas e a impossibilidade de encaminhar nossos mortos.
Por Thomaz Nogueira
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Este é um artigo de opinião e não descreve, necessariamente, a posição do portal Brasil Amazônia Agora
Há críticas que recebo por minhas opiniões que não são contestações aos números, aos fatos que exponho, mas são fundamentalmente fundamentos fundamentalistas. Não tendo argumentos para contestar, enchem de mensagens diretas com cobranças ditas “filosóficas”. Então deixa eu dizer que concordo. Mas basta de hipocrisia e estultice.
É sim sobre valores.
É sim sobre Luz e Trevas.
É sim sobre Civilização e Barbárie.
É sim sobre Solidariedade e Insensibilidade.
Mas é preciso saber qual o lado certo.
É o lado que fez a inclusão social ampliando escolas e universidades; que tirou milhões de pessoas da situação de fome e miséria, que deu aumento real para o salário-mínimo. Que levou “Luz para todos” e fez milhares de casas e apartamentos ressignificando a existência de outros milhões. Que combateu o racismo estrutural, que valorizou a mulher, tornando-as destinatárias e protagonistas das políticas sociais. Que demarcou, sim, as terras dos povos indígenas. Esse o lado da Luz, da Civilização, da Solidariedade.
O lado das trevas é o de negar a Ciência, de impedir que a cura chegasse a milhares de vidas, mulheres, homens, velhos e crianças. Nossos pais, irmãs e irmãos, filhas, filhos e amigos. Todos temos a nossa lista de dor das nossas perdas.
Trevas é o usar reiteradamente o nome de Deus e achar que “pintou um clima” com meninas de 14 e 15 anos. Trevas é prejulgá-las como prostitutas e repetir a infâmia à exaustão. Trevas é querer armas nas mãos de todos.
Barbárie é enganar as pessoas com falsos remédios, é menosprezar a dor alheia, tripudiar, imitando a agonia dos que não conseguiam respirar. É conviver com covas coletivas e a impossibilidade de encaminhar nossos mortos.
Insensibilidade é deliberadamente reduzir salários e jogar 33 milhões de pessoas na miséria. É ignorar, não ver, os desesperados nas portas das padarias, nas ruas, em nossas portas, implorando por trabalho e comida. Não se engane com os fantasmas com que tentam nos assustar. Antes da Barbárie vivemos crescimento econômico e distribuição mais justa da renda. A economia teve ganhos de produtividade. Vivemos mais oportunidades. É momento de dizermos basta à barbárie e escolhermos a Civilização, a solidariedade, a Luz, de novo. Não me arrastarão para a indevida transposição da religião como tema de campanha.
Ainda assim, resistindo a tentação de destroçar todos os argumentos pseudos Cristãos, como católico (não meramente estatístico), não posso deixar de lembrar aos demais católicos que “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo “(Constituição Pastoral Gaudium et Spes, Concilio Vaticano II).
E Isso não é comunismo é a doutrina social da igreja. Enfim, há momentos na caminhada que as escolhas precisam ser precisas, cuidadosas. Há momentos que as escolhas determinam as próximas escolhas. Estamos vivendo um momento desses.
Escolha 13! Sem medo de ser feliz, sem qualquer medo.
Fonte: O Primeiro Portal
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