Os países da OPEP e seus aliados deram parcialmente o braço a torcer e decidiram aumentar a produção de petróleo nos próximos meses, de maneira a aliviar parte da alta recente dos preços internacionais do produto. De acordo com o cartel dos petroleiros, os países concordaram em aumentar a produção diária em quase 650 mil barris em julho e agosto, quase ⅔ a mais do que os aumentos planejados anteriormente para esse período.
Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia vinham pressionando a Arábia Saudita, principal liderança da OPEP, para antecipar o cronograma de aumento da produção por conta do encarecimento do barril de petróleo nos últimos meses. Desde a invasão russa à Ucrânia, no final de fevereiro, o barril se manteve entre US$ 90 e US$ 120, o que puxou para cima os preços dos derivados de petróleo, especialmente combustíveis, causando um processo inflacionário em diversos países.
No entanto, a OPEP não aceitou se distanciar politicamente da Rússia, o que também vinha sendo pedido pelos países ocidentais. Os russos são o “+” que completa o nome da OPEP há alguns anos, já que não são membros formais da entidade, mas alinham esforços no mercado de petróleo na prática. De acordo com o Guardian, algumas análises iniciais consideravam a possibilidade de os novos aumentos na produção excluírem a Rússia, com sauditas e os Emirados Árabes Unidos ampliando mais sua produção. No entanto, o anúncio desta 5afeira (2/6) não trouxe qualquer discriminação nesse sentido. CNN, Financial Times, POLITICO, NY Times, Reuters, Valor, Wall Street Journal e Washington Post também repercutiram a notícia.
Fonte: Clima INFO
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