O Relatório de Investimento da Iniciativa Belt and Road (BRI) 2021 mostra que nenhum projeto de carvão recebeu recursos chineses no ano passado. A notícia contrasta com os cerca de US$ 160 bilhões que a BRI investiu em térmicas a carvão e na sua infraestrutura fora do país entre 2014 e 2020. Segundo uma matéria do ano passado de um think-tank chinês, nesse mesmo período, houve o cancelamento ou adiamento de projetos no valor de US$ 65 bilhões.
O relatório atual destaca que os investimentos em renováveis ficaram praticamente estáveis, passando de US$ 6,2 bilhões em 2020 para US$ 6,3 bilhões. Já os em petróleo e gás, saltaram de US$ 1,9 bilhão em 2020 para US$ 6,4 bilhões no ano passado.
Uma matéria da Reuters fala sobre o setor siderúrgico chinês, destacando que o país planeja aumentar o uso de sucata nas suas siderúrgicas para consumir menos carvão e, assim, reduzir as emissões do setor. Nos próximos 3 anos, a meta é passar a reciclar mais de 300 milhões de toneladas de sucata anualmente. Isso é parte importante dos planos para desenvolver uma indústria de aço mais verde. Até o momento, segundo a matéria, não haviam sido anunciadas metas específicas. A última indicação é a de um plano de consolidação do setor, anunciado há mais de ano, para que as cinco maiores siderúrgicas passassem a responder por pelo menos 40% da produção do país a partir de 2025, possivelmente fechando as plantas mais ineficientes e aumentando a produtividade das sobreviventes. O plano apontava uma única meta: a de que as emissões de carbono do setor passassem a cair a partir de 2030.
Seria interessante se a recuperação da sucata deslanchasse por aqui também.
Fonte: ClimaInfo
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