Senadora diz que o governo cria questões internas que agravam preços dos combustíveis e destaca soluções para o problema
A pré-candidata à Presidência da República pelo MDB, Simone Tebet, disse que o governo federal não pode intervir na Petrobras. Em entrevista à rádio CBN nesta 4ª feira (22.jun.2022), Tebet citou intervenções na estatal durante governos petistas
“O que não podemos ter é intervenção em uma estatal, que é uma sociedade de economia mista que tem acionistas privados, porque essa cena lamentável nós já vimos no passado. O governo do PT quase quebrou a Petrobras, porque quando resolveu intervir na Petrobras para utilizar da Petrobras como cabide para fatiar a Petrobras. Inclusive envolvendo meu partido, é importante dizer isso. Nós vimos o maior esquema de corrupção de toda a história e nós vimos o quanto demorou para que nós pudéssemos novamente ver a Petrobras tendo lucro”, disse a emedebista
Tebet citou soluções para aliviar o problema e destacou o subsídio temporário para o gás de cozinha e o combustível. Além disso, disse que o governo “terceirizou o problema” ao zerar arrecadamento do ICMS dos Estados.
“Governo não quis resolver, mas fazer politicagem. Governo que não sabe governar e terceiriza os problemas”, disse Tebet
A senadora descartou que o fim da PPI (Preço de Paridade Internacional), pauta defendida por outros pré-candidatos, seja a solução para o problema. Disse que a alta do dólar é provocada também pelos “problemas internos” criados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL)
“Nos últimos 2 anos toda vez que o presidente fala alguma besteira e cria crises artificiais, porque isso é algo muito comum no atual governo, o dólar sobe. Então nós estamos sendo penalizados 2 vezes”, disse a senadora. “Nós temos o cambio desvalorizado não só por conta da crise internacional mas também pelas crises internas provocadas pela política brasileira e pelo próprio governo”
Questionada sobre uma mudança na Lei das Estatais, Tebet disse que será favorável a uma revisão na Lei “só se for para melhorar”, mas que ainda espera que o texto chegue ao Senado para definir sua opinião
O texto, promulgado em 2016, depois da operação Lava Jato, determina que as empresas públicas sejam operadas obedecendo a critérios de governança. Devem ter um estatuto, um conselho de administração independente e praticar políticas de acordo com condições de mercado
Texto publicado originalmente em Poder 360
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