Físico dedicou-se à defesa da Ciência até o final de sua vida. Suas áreas atuais de pesquisas se concentravam em planejamento energético e mudanças climáticas
Morreu na madrugada desta quinta-feira (3), aos 80 anos, no Rio de Janeiro, o professor e físico Luiz Pinguelli Rosa. Ele estava internado em um hospital da Zona Sul do Rio por complicações da Covid-19 havia quase um mês, mas a causa da morte ainda não foi oficialmente informada. Professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Pinguelli se dedicou à Academia e à defesa da ciência até o final de sua vida.
Era graduado em Física pela UFRJ (1967), mestre em engenharia nuclear pela COPPE/UFRJ e doutor em física pela PUC-RIO. Foi também pesquisador e professor visitante de diversas universidades mundo afora, como a Universidade Stanford (EUA), Universidade da Pensilvânia (EUA), Centro Internacional de Pesquisa em Meio Ambiente e Desenvolvimento (França), entre outras.
Um dos maiores especialistas em energia do País, Pinguelli foi presidente da Eletrobrás no primeiro governo Lula (2003-2004) e titular, por quatro mandatos, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da UFRJ (COPPE/UFRJ).
Foi também secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas e integrou o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC). Era membro da Academia Brasileira de Ciências desde 2003. Foi orientador de dezenas de dissertações de mestrado e teses de doutorado, tendo recebido, ao longo de sua carreira, diversos prêmios.
Suas áreas atuais de pesquisas se concentravam em planejamento energético e mudanças climáticas, além da epistemologia e história da Ciência.
A UFRJ decretou luto oficial de três dias pela partida de seu professor emérito, a quem chamou de “defensor nato da universidade brasileira e da difusão da ciência e da tecnologia”. “Seu compromisso com uma universidade de qualidade que transpira pesquisa deixará uma lacuna entre nós e um aprendizado permanente.”
Fonte: O Eco
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