Montadoras que seguem olhando pelo retrovisor e insistem em tecnologias obsoletas e motores à combustão que se cuidem. Nesta quarta (27/1), a chinesa Great Wall anunciou investimentos de R$ 4 bilhões até 2025, e de R$ 10 bilhões no longo prazo, para ser a primeira montadora a produzir exclusivamente veículos híbridos, híbridos plug-in (que recarregam na tomada) ou 100% elétricos no país, já a partir de 2023.
A justificativa para a escolha está no tamanho do mercado brasileiro – um dos dez maiores do mundo e líder na América Latina. O evento de lançamento, ocorrido na antiga fábrica da Mercedes-Benz, em Iracemápolis, no interior de São Paulo, foi noticiado por Valor, Folha e pelo blog do AutoEsporte. Além da tecnologia, mereceu destaque o anúncio de geração de dois mil empregos diretos e oito mil indiretos na primeira fase de investimentos.
O blog TecMundo lembra que, atualmente, os veículos elétricos respondem por 2% do mix de vendas de veículos leves no Brasil. A perspectiva da Anfavea, associação que reúne os fabricantes veículos, e do Boston Consulting Group (BCG), é que esse percentual suba para algo entre 12% e 22% do mix de vendas já em 2030, e de 32% a 62% em 2035 – o equivalente a 1,3 milhão de veículos elétricos por ano.
A tendência de expansão é global. A CNN Brasil mostrou que nem a pandemia freou a conquista de uma fatia maior do mercado global pelos veículos elétricos. As vendas mais do que dobraram, apesar da turbulência econômica e da escassez de insumos, como os chips eletrônicos. Ontem (27/1), Renault, Nissan e Mitsubishi anunciaram sua união e investimentos de 23 bilhões de euros em tecnologias de veículos elétricos e na produção de baterias até 2030. A notícia repercutiu no Estadão, na Bloomberg e no Financial Times.
Fonte: ClimaInfo
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