O movimento global Fridays for Future voltou às ruas na última 6ª feira (25/3) para protestar contra a inação dos governos no enfrentamento da crise climática e a insistência das economias em continuar queimando combustíveis fósseis. Esta foi a primeira mobilização estudantil desde a Conferência do Clima de Glasgow (COP26), em novembro passado, e aconteceu tendo a crise causada pela invasão russa à Ucrânia como pano de fundo. Especialmente na Europa, os jovens tomaram as ruas para protestar contra a agressão de Putin aos ucranianos, destacando também o papel da indústria fóssil no financiamento da máquina militar russa.
O Guardian abordou a ação de dois jovens, a ucraniana Arena Bilai e o russo Arshak Makichyan, que protestaram em Bruxelas contra a crise climática e a guerra na Ucrânia, pedindo um embargo total sobre o consumo de petróleo e gás russos. “Esta guerra está acontecendo agora na Europa, e a Europa a está patrocinando. Os europeus mandam 700 milhões de euros por dia para a Rússia, abastecendo a guerra”, disse Bilai, que fugiu de Kiev no começo do mês com seus familiares.
Os protestos não se limitaram à Europa. Na Austrália, estudantes foram à porta da casa do primeiro-ministro do país, Scott Morrison, para exigir mais ação climática. Os jovens lembraram as fortes chuvas que atingiram o sudeste australiano no começo do mês e os incêndios florestais que varreram a região há dois anos, bem como a insistência do governo do país em minimizar a urgência da questão climática e seguir impulsionando a indústria fóssil, especialmente a do carvão. A notícia é do site Um Só Planeta.
Aqui no Brasil, uma das ações aconteceu em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. Além de pedir mais ambição na luta contra a mudança do clima, os jovens brasileiros também protestaram contra o pacotão da destruição ambiental que está sendo analisado pelos parlamentares – os projetos de lei (PL) 490, que estabelece o marco temporal para demarcação de Terras Indígenas; o PL 191, que regulariza a mineração e o garimpo em áreas indígenas; e o PL 6299, que flexibiliza a aprovação e o uso de agrotóxicos no Brasil. O g1 deu mais informações. Um Só Planeta também trouxe o recorte nacional aos protestos da juventude contra a crise climática.
Associated Press e Guardian repercutiram a retomada da greve climática pela juventude ao redor do mundo
Fonte: Clima Info
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