Balanço parcial do sistema DETER, do INPE, mostra que até o dia 25 de fevereiro o desmatamento da Amazônia já somava 149,88 km² – um aumento de 22% em relação ao mesmo período em 2021. Essa é a segunda maior extensão para um mês de fevereiro desde 2016, perdendo apenas para 2020 (que também estava sob o governo Bolsonaro). Em janeiro, a Amazônia já havia registrado o recorde de alertas de desmatamento para o mês desde 2016, que somaram 430,44 km². A notícia é do ((o)) Eco.
No Estadão, André Borges detalhou os resultados de uma investigação do Greenpeace que identificou uma explosão de desmatamento em uma área entre o Amazonas, Acre e Rondônia, e que tem sido palco de um esquema de grilagem de terras públicas.
O avanço do desmatamento na Amazônia e as mudanças climáticas estão deixando a zona de transição entre a Amazônia e o Cerrado suscetível a secas severas e incêndios florestais. Nas últimas décadas, ela se aqueceu significativamente e ficou mais seca, prejudicando o agronegócio que, ironicamente, é um dos vetores do desmatamento. Essas são as principais conclusões de um novo estudo publicado na Nature e noticiado no Mongabay.
Em entrevista ao Estadão, o climatologista Carlos Nobre, que tem alertado para o risco de degradação da floresta, detalha o estudo publicado na revista Nature Climate Change na segunda (7), explicando como ele aponta para o que suas pesquisas já mostraram: que o bioma tem apresentado uma recuperação mais lenta dos longos períodos de estiagem nas últimas duas décadas, chegando mais perto de um possível “ponto de inflexão”.
Fonte: Clima info
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