A retomada consistente do setor de bares e restaurantes tem sido ameaçada por fatores persistentes, como a inflação e o endividamento. É o que aponta a mais recente pesquisa nacional da Abrasel, que ouviu 1.263 empresários de todos os estados do país entre os dias 26 de outubro e 5 de novembro.
Para o Amazonas cerca de 50% ainda não conseguem reajustar conforme inflação destes, 26% fizeram aumentos abaixo da média nos últimos 12 meses e 24% não aumentaram o cardápio. Outros 41% só fizeram reajustes para acompanhar a inflação, e 8% conseguiram ajustar acima da média do período.
A pesquisa mostrou também que 46% do setor trabalha com lucro. Outros 9% tiveram prejuízo e 44% ficaram em equilíbrio. O endividamento também continua alto em relação aos tributos, 55% das empresas que estão no simples nacional têm a perspectiva de se desenquadrar do regime fiscal diferenciado se os limites não forem aumentados conforme a proposta que tramita na câmara.
Outros 45% disseram que não seriam afetados pela mudança. Do total pesquisado, 79% das empresas hoje se encontram no simples. Já 23% das empresas que estão no simples nacional está em atraso com o pagamento de parcelas. Do total de empresas no regime fiscal, 40% disseram ter feito adesão ao relp, programa de reescalonamento de débitos
O levantamento também foi realizado em relação a perspectiva de preparação do setor para a Copa do Mundo, 59% irão exibir os jogos no estabelecimento, 47% terão ambientação com tema de copa e 14% pretendem realizar eventos e cerca de 14% não irão promover nada relacionado à copa do mundo. Já relacionado há estratégias, 90% criarão cardápios, pratos e petiscos com o tema, 67% farão campanhas com o tema em redes sociais, veículos de comunicação e de e-mail marketing, 40% criarão produtos com preços especiais para atrair clientes e 38% criarão pratos e drinks temáticos.
Para o presidente da Abrasel no Amazonas, Rodrigo Zamperlini, “Parte do setor já vive a expectativa da copa do mundo e dos eventos de fim de ano, que devem gerar aumento nas vendas e nas contratações. A inflação continua a impactar os resultados financeiros e dar sinais que continuará a nos rondar e será determinante para a manutenção desses empregos que serão criados o seu controle nos próximos meses”, afirma Zamperlini.
Texto publicado originalmente em Segundo a Segundo
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