Com recorde de público e negócios fechados, a bioeconomia BIO&TIC na região foi um dos temas no principal painel apresentado pelo Idesam na feira ExpoAmazônia Bio&Tic 2022.
Com uma média de mais de 16 mil visitantes durante os três dias evento, a ExpoAmazônia Bio&Tic 2022 comemora a marca de 35 milhões em negócios prospectados e um montante de mais de 2,1 milhões em negócios fechados. Com sucesso de público e potencial efetivo nas rodadas de negócios, a feira entrou no hall das iniciativas mais promissoras da região Norte, atraindo o interesse de diversas instituições internacionais e bancos de desenvolvimento.
O Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam) comemora os excelentes resultados e a participação na organização da feira, que contou com 61 estandes, 100 startups e 120 palestrantes reunidos em complexo de oportunidades, no dia 30 de junho, 01 e 02 de julho – no Centro de Convenções do Amazonas, em Manaus.
Bioeconomia em foco
O cenário de novos negócios com sustentabilidade na Amazônia foi uma das novidades no stand do Idesam e stand do “Movimento Amazônia em Casa, Floresta em Pé”, no salão de eventos. Na palestra apresentada no palco principal, o instituto trouxe uma abordagem objetiva e realista acerca das diversas possibilidades de uma nova matriz econômica para a região, pautada em soluções com agregação de valor e compromisso ambiental.
Algumas dessas proposições foram apresentadas por Carlos Koury, diretor de inovação em bioeconomia do instituto e coordenador do Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), que acredita que alguns aspectos impactam diretamente no desenvolvimento e ações mais assertivas deste setor, como investimentos em tecnologias de cadeias produtivas como: pescado; pirarucu; piscicultura; cacau; açaí; abacaxi; castanha; óleos vegetais; produção de baixo carbono; madeira; resíduos orgânicos; resíduos agroindustriais
“Nossa tese é que podemos ter ciência e tecnologia melhorando esses ecossistemas de serviços e soluções nas cadeias produtivas e que possam fazer diferente. Então podemos escalonar PD&I, formar produtos e negócios a partir desse conhecimento, porque a gente encurta o caminho de quem não precisa inventar um molde novo. Para isso, temos o desafio de reunir e deixar essa rede favorecida para que mais atores da cidade e interior, dentro e fora da Amazônia comecem a atuar”, explica o diretor.
Para Koury, Nesta perspectiva apresentada pelo Idesam, vale destacar a inclusão socioprodutiva com bioativos para gerar demanda, mais soluções para cadeias produtivas na superação de gargalos produtivos a partir do auxílio de um ambiente de serviços e soluções, além de agregação de valor, buscando mais capilaridade com a interiorização da economia e a formação de polos de desenvolvimento regionais.
Em suma, o desafio é real, mas com total possibilidade de sucesso quando todos os critérios técnicos se entrelaçam para a essa construção. Esse conjunto faz da bioeconomia na Amazônia algo único, e demonstra que a ações em rede são efetivamente parte desta solução.
Resultados e impactos
Dados recentes do PPBio apontam que os investimentos das empresas no programa, já ultrapassaram a marca dos 23,6 milhões de reais. Com esse valor, já foi possível apoiar 04 projetos finalizados e 08 projetos em execução, que já conseguiram gerar mais de 40 produtos de diferentes segmentos, como alimentício e cosméticos.
Ainda no palco principal com o tema “Zona Franca Verde’’, representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial – EMBRAPII e da rede Concertação pela Amazônia, apresentaram pontos de vista interessantes para se pensar em oportunidades acerca de uma nova matriz para a região.
No mesmo dia do evento, foi assinado um acordo para fortalecimento desta agenda.
Fonte: Idesam
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