Com a gasolina cada vez mais cara, os motoristas brasileiros estão buscando alternativas para abastecer seus veículos e atender às suas necessidades de locomoção. Uma das possibilidades que está ganhando mais atenção do mercado é o carro elétrico, uma tecnologia ainda distante da maior parte dos consumidores brasileiros, mas que começa a ganhar apelo entre as fatias mais abastadas da população.
Na Folha, Eduardo Sodré destacou o apelo crescente dos elétricos para o consumidor brasileiro, bem como os limites desse mercado no contexto nacional – marcado pela falta de incentivos para importação ou montagem nacional desses veículos e pela ausência quase total de infraestrutura para a recarga. Em grandes centros urbanos, como São Paulo e Curitiba, os motoristas de elétricos já brigam por tomadas de recarga em shoppings e rodovias, um serviço ainda gratuito na maior parte dos casos.
Já o Money Times fez um cálculo sobre a performance de modelos à combustão e eletrificados no Brasil. Mesmo com o aumento nas tarifas elétricas nos últimos meses, o gasto de um motorista com a recarga do veículo elétrico ainda é bem menor do que o que ele teria com o abastecimento de um veículo tradicional com gasolina. Dependendo do modelo elétrico, a diferença de gasto com o carro à combustão pode ser até cinco vezes menor.
As grandes montadoras estrangeiras ainda enxergam o Brasil como “patinho feio” na corrida pela eletrificação, mas isso não significa que nosso mercado seja insignificante, pelo contrário. Um exemplo é a Volvo, que quer multiplicar por dez suas vendas de modelos de luxo 100% elétricos no país em 2022, passando de 350 para 3,5 mil. O número é muito pequeno quando comparado com o mercado automobilístico brasileiro como um todo, mas já indica que as empresas do setor enxergam potencial a ser explorado no país, mesmo que restrito aos consumidores mais abastados. Os sites MobiAuto e AutosSegredosderam mais detalhes da estratégia da Volvo no Brasil.
Outro exemplo é a francesa Citroën, que desembarcou seu mais novo modelo elétrico compacto no Brasil: o Ami, um veículo de pequeno porte que pode ser uma alternativa de transporte de curtas distâncias. A Quatro Rodas abordou o potencial enxergado pela empresa nesse modelo para o mercado brasileiro, especialmente como eventual substituto de motocicletas no transporte de mercadorias e no transporte de passageiros em áreas turísticas.
Em tempo: A Tesla, maior montadora de veículos elétricos do mundo, fechou um acordo com a brasileira Vale para o fornecimento de níquel para a montagem de baterias elétricas. A empresa busca diminuir sua dependência do níquel russo, impactado pelas sanções internacionais àquele país por conta da invasão à Ucrânia em fevereiro passado. De acordo com o Estadão, o níquel a ser vendido para a Tesla deve sair de minas no Canadá operadas pela Vale.
Fonte: Clima Info
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