Engenheiros alemães criaram filtro de folhas de aço com furos milimétricos perfurados a laser capazes de capturar os microplásticos que já foi testado em laboratório com sucesso
Quando se fala em poluição plástica, a imagem de sacolas ou garrafas plásticas nos mares é frequente. Mas a verdade é que este material se decompõe em minúsculas partículas que já se espalharam pelo planeta e foram inclusive encontrados no nosso corpo. Infelizmente, estudos recentes identificaram microplásticos em diferentes órgãos humanos e na água que bebemos.
Repensar e reduzir o uso de plástico, principalmente de itens descartáveis é urgente. Assim como é urgente encontrar maneiras de retirar o microplástico do ambiente que nos cerca, o que inclui a água que bebemos e usamos nas atividades diárias.
As estações de tratamento de água fornecem uma solução de filtragem eficiente, mas que não são capazes de retirar completamente pequenos microplásticos nas águas residuais. No Brasil, um estudante criou um sistema que já está sendo implementado em algumas estações de Santa Catarina e recebu um prêmio internacional por isso.
A tecnologia para conter os microplásticos
Agora, engenheiros do Fraunhofer Institute for Laser Technology (ILT), da Alemanha, desenvolveram o filtro de microplásticos perfurado a laser que pode remover microplásticos de águas residuais. Ele contém folhas com milhões de orifícios extremamente pequenos com apenas 10 micrômetros de diâmetro para impedir a passagem de microplásticos.
No projeto SimConDrill, a Fraunhofer ILT uniu forças com parceiros industriais para construir um filtro livre de manutenção que retira microplásticos de águas residuais. O desafio era fazer o maior número de furos possível, como menor tamanho de furo possível, em uma folha de aço, de maneira rápida e eficiente, explica Andrea Lanfermann, gerente de projeto.
No processo desenvolvido pelos engenheiros da Fraunhofer ILT uma matriz de feixes idênticos é gerada a partir de um feixe de laser por meio de um sistema óptico especial, com um laser de pulso ultracurto (TruMicro 5280 Femto Edition) para fazer furos simultaneamente com 144 feixes.
No primeiro teste, o pó fino das impressoras 3D foi filtrado da água contaminada. A configuração está agora sendo testada em uma estação de tratamento de águas residuais em condições reais de tratamento de águas residuais.
Fonte: CicloVivo
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