Não está fácil para o sul do Brasil. Depois de quase fritar ovo no asfalto em decorrência da onda de calor escaldante que atingiu a região em meados de janeiro e na semana passada, agora é o frio polar que chegou para sacudir a poeira dos casacos, como aponta a CNN Brasil. Em pleno verão, os termômetros despencaram na serra catarinense, e os campos amanheceram cobertos por geada no Vale dos Caminhos da Neve, em São Joaquim. Segundo O Globo, a mínima foi registrada em Urupema: 3,2°C às 7h.
De acordo com o MetSul, a massa de ar seco responsável pelas manhãs geladas nos pontos de serra (com mais de mil metros de altitude) do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná deverá permanecer nos próximos dias. Já na faixa litorânea catarinense, o tempo foi mais condizente com a época do ano, com temperaturas entre 20°C de mínima a 27°C de máxima, em Florianópolis, e chegando a 30°C, no Vale do Itajaí.
Com frio ou calor, a estiagem que afeta a região não muda. O Boletim Hidrometeorológico Integrado divulgado pela Defesa Civil de Santa Catarina e destacado no UOL, revela que janeiro teve chuvas abaixo da média, o que deverá se repetir entre fevereiro e abril, indicando uma “estiagem hidrológica prolongada e com consequências severas para o ambiente nos próximos meses do ano”.
O MetSul apontou ainda que a estiagem “severa” que tem castigado o sul do país, prejudicando principalmente o setor agrícola, foi agravada pela onda de calor extremo de janeiro. O mapa da “anomalia” da precipitação no último trimestre deixa claro que a região Oeste dos três estados do sul é a mais afetada. O Portal Ecoa, no UOL, traz explicações didáticas sobre o que são os eventos extremos e expõe os motivos pelos quais estes estão mais frequentes.
Fonte: ClimaInfo
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