Nos Estados Unidos, um comitê do Congresso convidou membros dos conselhos das Exxon, Shell, Chevron e BP para testemunhar no próximo dia 8 de fevereiro sobre o papel desta indústria na crise climática e na disseminação de “desinformação”. O painel se concentrará nos planos net zero destas empresas estarem focados principalmente em suas operações internas, não nas emissões liberadas quando os consumidores queimam os combustíveis fósseis que estas produzem.
Trata-se de um avanço nas hierarquias corporativas, já que os CEOs dessas empresas já haviam sido ouvidos em outubro do ano passado.
Entre os convocados estão Alexander Karsner, estrategista da Alphabet Inc., dona do Google, e Susan Avery, cientista atmosférica e ex-presidente da Woods Hole Oceanographic Institution. Ambos atuam no conselho da Exxon. “São membros do conselho que concorreram para mudar essas instituições por dentro”, disse à Reuters o presidente do subcomitê de meio ambiente do painel de supervisão, Ro Khanna. “Eles terão que escolher entre suas convicções de vida ou fidelidade a seus CEOs.” Guardian, The Hill e Washington Post também repercutiram a informação.
Em tempo: Do outro lado do Atlântico Norte, a Alemanha apresentou na última 6ª feira (21/1) seu programa para a presidência do G7, que neste ano se reunirá entre os dias 26 e 28 de junho na Baviera. O chanceler alemão Olaf Scholz disse que seu país quer transformar o G7 em um “clube climático” que chegue a acordos sobre padrões uniformes de emissões e preços de CO2 para acelerar a implementação do Acordo de Paris. O ministro alemão da Economia, Robert Habeck, acrescentou que a intenção é garantir que as novas regulamentações verdes não levem a uma guerra comercial entre os países. Reuters e Euractiv trazem mais detalhes sobre o programa proposto, o qual pode ser conferido na íntegra aqui.
Fonte: ClimaInfo
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