Segundo ele, caso seja eleito governador de Rondônia, uma de suas primeiras medidas será procurar o presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem ele assegura de pés juntos que será reeleito, apesar das pesquisas mostrarem o inverso, para legalizar o garimpo na região e em todo o país.
O comendador Val Queiroz pode ser visto como um daqueles candidatos folclóricos do Brasil. Com seu estilo desbravador com chapéu, ele concorre ao governo de Rondônia pelo Agir. Bolsonarista declarado, Val Queiroz defende publicamente temas relacionados à Amazônia que seus adversários muitas vezes não têm coragem de expor em frente às câmeras, como a legalização do garimpo.
Foi assim durante participação em um programa da afiliada da RedeTV em Porto Velho, quando ele afirmou não ser justo os garimpeiros de Rondônia serem tratados como bandidos, enquanto grandes empresas internacionais recebem concessões para explorar o minério na Amazônia. “Respeito aos garimpeiros”, é o título dado ao trecho da entrevista de Val Queiroz postada e espalhada pelas redes sociais.
Segundo ele, caso seja eleito governador de Rondônia, uma de suas primeiras medidas será procurar o presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem ele assegura de pés juntos que será reeleito, apesar das pesquisas mostrarem o inverso, para legalizar o garimpo na região e em todo o país.
“É inadmissível que uma empresa venha do Canadá, como dizia a minha avó, vem da baixa da égua, pra vir tirar o nosso minério, e os meus irmão ser tratado como bandido”, disse ele em sua entrevista à Rede TV republicada em sua conta no Twitter.
“Eu vou ter o prazer de sentar com o meu presidente, Jair Messias Bolsonaro, para discutirmos o assunto do garimpo, não só de Rondônia, como tem que ser liberado no Brasil”, conclui.
Conforme o comendador Val Queiroz, a ideia, após as eleições, é reunir políticos de Rondônia e de outros estados onde o garimpo ilegal é uma questão nacional – como Amazonas, Roraima e Mato Grosso – para ir até Brasília fazer pressões em prol da legalização da atividade.
Hoje, a prática da mineração não é proibida no país. Mas é exclusiva de empresas que recebem do governo as autorizações e licenças para exploração, sendo estas condicionadas ao que determina a legislação. O que inclui um amplo licenciamento ambiental.
A atividade só é proibida dentro de terras indígenas, um dos alvos preferidos dos chamados garimpeiros. Em Rondônia, a invasão de territórios indígenas e outras áreas protegidas por garimpeiros tem gerado um grande impacto socioambiental.
A pressão pela mineração em Rondônia é tão forte, que em janeiro de 2021, o atual governador, Marcos Rocha (União Brasil), regulamentou a atividade garimpeira nos rios de Rondônia. A prática tinha sido proibida devido ao seu alto impacto ambiental. Porém, no decreto, a atividade ainda depende de licenciamento ambiental.
Apesar de polêmico, as propostas de Queiroz parecem não atrair o eleitor rondoniense. De acordo com a pesquisa Ipec/Rede Amazônica, divulgada em 24 de agosto, ele aparece em último lugar entre os sete concorrentes ao governo de Rondônia, com 1% das intenções de voto. A análise foi registrada junto ao TSE com a numeração RO 08675/2022.
Fonte: O Eco
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