Mapeamento do Instituto Pólis demonstrou que a distribuição de energia elétrica nos domicílios do Brasil segue um padrão de raça e classe. A notícia é da Agência Pública, que teve acesso exclusivo ao estudo: “Justiça Energética nas cidades brasileiras, o que se reivindica”. A pesquisa foi realizada nas cidades de Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ) e Maceió (AL) e constatou que as localidades onde há menor acesso à energia e maior interrupção no fornecimento — pobreza energética — são regiões onde a maioria da população é negra e de baixa renda.
Energia Elétrica
A situação é tão grave que 22% dos brasileiros estão tendo que deixar de comprar alimentos básicos para pagar a conta de luz. A crise hídrica e o uso de termelétricas também foram outros motivos do aumento dos custos.
A reportagem aponta que 11,4% dos domicílios brasileiros sofrem com a pobreza energética. Enquanto isso, ainda há regiões sem acesso à energia. De acordo com dados do PNAD de 2019, mais de 141 mil domicílios brasileiros não têm acesso à energia. Na Amazônia Legal são 990 mil pessoas – segundo dados do IEMA de 2019. Soluções? O Instituto Pólis, conforme a matéria, propõe a tarifa progressiva, que pode reduzir em 59,3% em média os gastos dos mais pobres, ao cobrar um pouco mais dos grandes consumidores de energia.
Texto publicado originalmente em CLIMA INFO
Comentários