A negação bolsonarista da realidade está estampada na carta enviada pelo presidente ao secretário-geral da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), Mathias Cormann. O Valor Econômico registra a obra de ficção, que afirma o compromisso de seu mandato com o Acordo de Paris. Só que não. No ano passado, pós-COP26, o INPE registrou um aumento de 22% no desmatamento em comparação ao ano anterior. Há dez dias, dados do Imazon mostraram que os incêndios na Amazônia cresceram 29% em 2021, o pior em uma década.
Em um choque de realidade, O Globo e o UOL publicam a entrevista do embaixador do Brasil junto à OCDE, Carlos Cozendey, na qual ele diz que o Brasil precisa reduzir suas taxas de desmatamento para acelerar a negociação e entrar neste “clube dos países ricos”.
Em artigo sobre a nova embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Bagley, o Poder 360 informa que até os profissionais do Departamento de Estado que defendiam uma relação cooperativa com Bolsonaro (e eram muitos) perderam a paciência quando o país escondeu os dados de crescimento do desmatamento para divulgá-los depois da COP26.
Em tempo: A Human Rights Watch informa que organizações indígenas, ambientais e de Direitos Humanos de 62 países enviaram uma carta aberta às autoridades da UE exigindo que as empresas respeitem os direitos das comunidades tradicionais sobre seus territórios. O projeto de regulamento da UE sobre produtos livres de desmatamento propõe restringir as importações de importantes commodities agrícolas cultivadas em terras desmatadas após 2020, mas não impõe restrições a commodities vinculadas a violações de direitos.
Fonte: ClimaInfo
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