Conheça empresas brasileiras que veem no avanço da tecnologia uma oportunidade para ganhar espaço no mercado
Em novembro de 2021, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deu sinal verde para iniciar a operação comercial do 5G no país. Desde então, as principais operadoras de telecomunicações do Brasil têm trabalhado e se preparado para investir pelo menos R$ 40 bilhões em infraestrutura de rede. A expectativa é que a tecnologia seja capaz de oferecer uma velocidade até 100 vezes mais rápida do que o 4G atual.
Para muitos, é aí que moram as oportunidades para o mercado de inovação. Para Daniel Franulovic, diretor da Accenture Technology, o 5G nada mais é do que uma geração com maior velocidade e menor latência. “Enquanto ferramenta, não é nada revolucionário. Por outro lado, o que ela permite trazer é, sim, uma revolução”, diz o especialista
Entre as possibilidades do 5G, Franulovic lista o que poderá ser visto a partir do momento em que a tecnologia estiver estruturada e instalada no país e no mundo. Entre elas, estão a ascensão das cidades inteligentes, a internet das coisas em seu máximo potencial e a inteligência artificial rodando em nuvem com mais agilidade, trazendo aplicações de segurança e de carros inteligentes, por exemplo. “Vamos conseguir conectar milhões e milhões de usuários com menos esforço.”
Para Gustavo Araújo, CEO e cofundador do Distrito, novas tecnologias como o 5G serão responsáveis por fazer de 2022 mais um ano histórico para o ecossistema brasileiro de inovação. “Novos negócios que precisam de alta latência vão passar a ser comercialmente viáveis a partir do 5G”, disse ele durante uma coletiva de imprensa.
Pensando nisso, PEGN listou três startups brasileiras que contam com a tecnologia para crescer ao longo dos próximos anos. Confira:
Tempest
Fundada no Porto Digital, hub de inovação localizado em Recife, Pernambuco, a Tempest é uma empresa especializada em cibersegurança. Hoje, a companhia atende mais de 300 clientes no Brasil, na América Latina e na Europa, e conta com escritórios em Recife, São Paulo e Londres. A startup oferece serviços na área de segurança da informação e conta com um portfólio de soluções de proteção digital. Com o 5G, a companhia se prepara para investir em produtos ainda mais robustos, capazes de ajudar empresas a responder aos desafios de segurança no que a Tempest chama de uma realidade “complexa e interconectada”.
Consultare
Healthtech fundada em Campinas, São Paulo, a Consultare é uma rede de centros médicos acessíveis. A rede oferece 30 especialidades médicas e mais de 3,5 mil tipos de exames com custo reduzido. Na expectativa da implementação do 5G no Brasil a partir do segundo semestre de 2022, a empresa usará a alta velocidade para desenvolver novas soluções em IoT (internet das coisas). O objetivo é conectar cada vez mais equipamentos ao robô de telemedicina desenvolvido pela startup. Para Marcelo de Araújo, CEO da Consultare, a popularização do modelo remoto de consulta aliado ao 5G trará mais pessoas para o mercado de saúde. “A união desses fatores faz com que pessoas de regiões mais distantes não precisem se deslocar a outras cidades para realizar consultas específicas. É isso que almejamos com o robô de telemedicina e o 5G”, disse Araújo a PEGN.
Sigmais
Criada em Vitória, Espírito Santo, a Sigmais é uma empresa de tecnologia que atende o mercado de IoT (internet das coisas). A startup desenvolve dispositivos que geram dados usados no monitoramento de ativos nas organizações. A companhia tem como clientes empresas e órgãos públicos e espera que setores como indústrias, empresas de saúde, varejo e logística ganhem celeridade com o avanço do 5G. Mas para Guilherme Azevedo, cofundador da startup, o avanço trará outra vantagem: “O maior benefício com a chegada do 5G no Brasil neste primeiro momento é o aumento da instalação de antenas de rede 4G”, afirma o empreendedor. “Os benefícios são vantajosos e o melhor momento para usufruir deles é agora.”
Fonte: Revista PEGN
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