A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reafirmou o interesse da União Europeia em facilitar uma transição climática justa para os mais pobres, em sintonia com os objetivos do bloco para reduzir suas emissões em 55% até 2030. Hoje (14/7) a UE apresentará novas medidas e planos para catalisar os esforços climáticos europeus, incluindo metas para aumentar o uso de veículos elétricos e a eliminação de veículos com motor a combustão até 2035. Outro ponto será a reforma do sistema europeu de comércio de emissões, com a inclusão de novos setores econômicos entre aqueles com emissões de carbono reguladas via UE. O jornal Financial Times antecipou algumas dessas medidas. A Reuters também sintetizou os principais pontos.
Sobre a transição justa, a UE quer criar um Fundo Social para Ação Climática, composto por “montantes correspondentes a 20% da receita esperada pelo novo [sistema de] comércio de emissões no período 2026-2032”. Esse dinheiro será usado para ajudar no financiamento dos planos nacionais de transição energética e justa. Outro ponto previsto é o chamado “mecanismo de ajuste de fronteira de carbono” (CBAM), que visa taxar importações com base na pegada de carbono do produto nos países de origem.
Por outro lado, o que promete causar burburinho na UE é a ideia de incluir os setores de transporte e edificações no mercado europeu de carbono. O governo da França tem se posicionado contra a proposta, ressaltando que isso penalizaria as famílias de baixa renda, que são exatamente aquelas mais vulneráveis à mudança do clima e sem recursos para financiar melhorias energéticas em suas residências. Guardian e Reuters repercutiram as desavenças políticas sobre o plano climático europeu.
Fonte: ClimaInfo
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