A empresa norte-americana Amazon anunciou uma parceria com a ONG The Nature Conservancy (TNC Brasil) para investir em um projeto de remoção de carbono através da restauração florestal na Amazônia brasileira. A ideia é apoiar pequenos agricultores e proprietários na região para recuperar 20 mil hectares de floresta nos próximos três anos, o que pode facilitar a retirada de cerca de 10 milhões de toneladas de dióxido de carbono da atmosfera até 2050.
Batizado de Acelerador de Agroflorestas e Restauração, o programa incentivará o plantio de culturas agroflorestais nativas, de maneira a aliar restauração florestal e produção econômica de base agroecológica. Camila Souza Ramos deu mais detalhes sobre a iniciativa no Valor. A CNN Brasil também repercutiu a notícia.
O projeto faz parte do esforço da gigante do varejo digital em reduzir sua pegada de carbono e atingir a neutralidade líquida de suas emissões até 2040. A pressão é forte do lado da Amazon: no ano passado, as emissões relacionadas aos seus negócios aumentaram 19% em comparação com 2019. De acordo com a Veja, o motivo seria o crescimento das vendas online durante a pandemia. Por outro lado, a intensidade do carbono (emissões por dólar de venda) diminuiu 16% em 2020.
Enquanto isso, André Borges destacou no Estadão o trabalho do governo do Pará para estruturar um fundo estadual de financiamento para projetos de desenvolvimento sustentável e proteção ambiental. O estado foi um dos mais afetados pela paralisação do Fundo Amazônia em 2019, depois de desentendimentos entre o governo Bolsonaro e os países-doadores Alemanha e Noruega. O Fundo Amazônia Oriental, como foi chamado, quer captar R$ 300 milhões nos próximos quatro anos com recursos nacionais e internacionais.
Em tempo: A Folha antecipou alguns dados de uma pesquisa feita pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS) sobre a opinião dos brasileiros acerca da Amazônia. O resultado evidencia a preocupação da população com a situação da maior floresta tropical do planeta: 89% dos entrevistados defendem sua preservação como a maior riqueza natural do país.
Fonte: ClimaInfo
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