Adiantando um pouco o expediente, o presidente e os ministros do meio ambiente e do desenvolvimento regional anunciaram que, do dinheiro a ser recebido da venda da Eletrobras, R$3,5 bilhões serão destinados para revitalizar as bacias dos rios São Francisco e Parnaíba (entre o Maranhão e Piauí) e R$2,3 bilhões para a bacia de Furnas. A notícia é do Valor e do Metrópoles. Para quem acha que é muito, em agosto o Poder 360 tinha dado que o ministério da economia estava contando com R$ 100 bilhões com a venda das ações da Eletrobras. Só para recordar, em 2016, o IBAMA já tinha lançado programas de revitalização do Velho Chico e do Parnaíba.
Por falar em bacias e hidrelétricas, vale ver a matéria de Thiago Couto, na National Geographic, sobre o impacto das pequenas centrais hidrelétricas na Amazônia. Elas são “pequenas” quando comparadas com as megausinas do Madeira e Belo Monte, mas o estrago por kWh gerado chega a ser maior. Couto cita que, das 375 usinas na Amazônia, 80% são “pequenas” e há mais 300 sendo construídas ou em fase de projeto. Um dos impactos é a interrupção da conectividade entre rios, impedindo os ciclos das mais de 100 espécies de peixes migratórios, que estão na base alimentar de Povos Indígenas e comunidades ribeirinhas. Levando em conta a pouca importância delas para a matriz elétrica nacional, Couto pergunta: “Afinal, qual a justificativa para tantos projetos hidrelétricos que contribuem tão pouco com a geração de energia do país? Talvez, as respostas para essa pergunta não estejam em quais são os benefícios, mas em quem se beneficia”.
Fonte: ClimaInfo
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