O International Uranium Film Festival do Rio de Janeiro exibe 8 filmes sobre o acidente que ocorreu na cidade de Goiânia, em 1987
Há 37 anos, Goiânia (GO) foi palco do maior acidente radiológico da América Latina. Em setembro de 1987, o manuseio indevido de um aparelho de radioterapia abandonado, onde funcionava o Instituto Goiano de Radioterapia, provocou o acidente que envolveu de forma direta e indireta a vida de centenas de pessoas. Pensando nesse momento triste da história, o International Uranium Film Festival, do Rio de Janeiro, vai exibir oito filmes com temática relacionada a esse acontecimento.
“Para não esquecer” terá início no dia 13 de setembro, com a abertura marcada pelo encontro online de Odesson Alves Ferreira, que teve sua família fortemente afetada pelo acidente e hoje é um dos fundadores da Associação Vítimas do Césio 137 em Goiânia (AVCésio), com os cineastas Ângelo Lima, Benedito Ferreira e Michael Valim de Goiânia e a produtora baiana Laura Pires. O evento, totalmente online e gratuito, conta com o apoio da Cinemateca do MAM Rio.
O festival conta com oito filmes que compartilham a mesma temática: o terrível acidente, mas cada um é distinto na abordagem. “Césio 137. O pesadelo de Goiânia”, dirigido por Roberto Pires, por exemplo, faz uma trajetória acompanhando catadores de sucata que encontraram uma cápsula de chumbo nos escombros do Instituto Goiano de Radioterapia que estava desativado; a partir disso, eles mostram para familiares e amigos, demonstrando como a contaminação chegou para centenas de pessoas.
“Rua 57, número 60, centro”, por outro lado, usa a arte para relembrar o episódio que a cidade tenta esquecer. O vídeo-arte, com a direção de Michael Valim, traz uma performance de dança moderna justamente no local mais radioativo à época do acidente, representado no nome do curta. Estes são dois exemplos do que o festival vai trazer.
A partir dessa temática, na intenção de relembrar esse desastroso episódio para a história da cidade de Goiânia, os oito filmes trazem diferentes abordagens para mostrar a pluralidade de questões que envolveram a tragédia. O nome do evento é “Para não esquecer”, manifestando que é necessário relembrar a história para que erros como esse, que afetam vidas até hoje, não sejam repetidos.
SERVIÇO: MOSTRA ‘PARA NÃO ESQUECER’
Quando: De 13 a 19 de setembro de 2021
Onde: Online/Gratuito
Estreia: dia 13 de setembro, às 16 horas.
Onde assistir: no site do festival
Fonte: O Eco
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