As grandes petroleiras internacionais estão de olho em áreas do litoral dos estados de Pará e Maranhão, informou Fernanda Nunes no Estadão. Análises recentes feitas principalmente por algumas dessas empresas sugerem que a região pode abrigar uma das maiores reservas de petróleo do Brasil, com potencial de até 30 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) em “recursos prospectivos recuperáveis” – um volume pouco abaixo dos 40 bilhões estimados nas reservas do pré-sal. O interesse da indústria fóssil na região se dá pelas características geológicas do trecho do litoral norte do Brasil, similares à costa da Guiana, do Suriname e da Guiana Francesa, áreas que tiveram descobertas substanciais de petróleo nos últimos tempos.
No entanto, as incertezas em torno da real disponibilidade de petróleo nas áreas se somam com a resistência contundente de ambientalistas e órgãos ambientais federais à possível exploração delas, o que dificulta bastante o negócio. Pelo lado ambiental, mesmo se houver reservas de petróleo nas áreas em questão, a proximidade com regiões ricas em biodiversidade no litoral e no mar implica em grande risco de contaminação e de impactos negativos aos meio ambientes terrestre e marinho.
Em tempo: Enquanto isso, o valor das ofertas de ações de empresas de combustíveis fósseis caiu quase 20% desde 2012, de acordo com levantamento feito pela Carbon Tracker divulgado na semana passada. De 2012 a 2020, os investidores compraram quase US$ 640 bilhões em ações emitidas por produtores de petróleo, gás e carvão; no entanto, seus investimentos perderam cerca de US$ 123 bilhões no período. Em contraposição, os investidores que apostaram em empresas de energia renovável saíram no lucro: compraram US$ 56 bilhões em ações de empresas limpas, que ganharam US$ 77 bilhões em valor. A Reuters destaca os dados.
Fonte: ClimaInfo
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