Na pandemia, refugiados no Brasil enfrentam problemas como o fechamento das fronteiras, acesso à documentação, à saúde e ao auxílio emergencial
Apesar das dificuldades impostas aos deslocamentos, a pandemia da covid-19 não impediu o aumento do número de refugiados no mundo. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) apontou que chegamos a 82,4 milhões de refugiados em 2020. O número é o dobro do que havia há dez anos.
No Brasil, a Lei Nº 9.474 de 1997 define os parâmetros para a concessão de estatuto de refugiado. Segundo ela, refugiado é quem se encontra fora de seu país “devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas”.
Patrícia Nabuco Martuscelli, doutora em Ciências Políticas pela USP, realizou junto ao Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais (Nupri) da USP a pesquisa Refugiados e Covid-19 no Brasil a fim de investigar como a pandemia de covid-19 impactou o cotidiano dos refugiados que vivem no Brasil. Por meio de entrevistas com refugiados residentes em São Paulo e no Rio de Janeiro, a pesquisadora encontrou algumas formas como as medidas adotadas pelos governos – municipal, estadual e federal – impactaram na vida dessas pessoas. Os principais problemas se deram por conta do fechamento das fronteiras, acesso à documentação e à saúde e ao auxílio emergencial.
No vídeo acima, você pode conhecer um pouco mais do trabalho da pesquisadora, e a vida de Yilmary de Perdomo, Lavi Kasongo e Adel Bakkour, refugiados vindos da Venezuela, República Democrática do Congo e Síria, respectivamente.
Para conhecer mais o trabalho da pesquisa, veja o artigo Como refugiados são afetados pelas respostas brasileiras à COVID-19?
Fonte: Jornal da USP
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