Exonerado da superintendência do Ibama no Mato Grosso do Sul nesta semana, o coronel da reserva do Exército Luiz Carlos Marchetti desabafou ao jornalista Rubens Valente, no UOL, sobre a situação do órgão ambiental. “Sei o seguinte: está equivocada essa política, está mal administrada. O Ibama está paralisado. O meio ambiente está mal”. Segundo Marchetti, todos os autos de infração emitidos pelo Ibama no MS desde outubro de 2019 estão parados, sem passar pelas audiências de conciliação – criadas por Ricardo Salles em 2019 para “facilitar” um entendimento entre autuado e Ibama. Por essa razão, diz o ex-superintendente, “milhões e milhões de reais” em multas não foram pagos até agora.
Marchetti estava no Ibama desde 2019, indicado “com o aval”, segundo ele, de Bolsonaro, com quem estudou na Academia Militar das Agulhas Negras nos anos 1970. No entanto, depois de ser exonerado, Marchetti condenou a estratégia de Salles de instalar militares em cargos de chefia dentro do Ibama e de outros órgãos ambientais federais.
Em tempo: A Procuradoria-Geral da União recebeu dois pedidos de investigação criminal contra Salles sob a acusação de que ele descumpriu protocolos de segurança sanitária ao circular em ambientes com aglomeração de pessoas apenas oito dias depois de ter testado positivo para COVID-19. O ministro, que revelou ter a doença no último dia 16, se reuniu nesta 3ª feira (23/2) com deputados da Frente Parlamentar Agropecuária e fez discurso sem máscara, em área fechada e com prefeitos no Palácio do Planalto. Para outros detalhes, vale conferir a reportagem do Estadão.
Fonte: ClimaInfo
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