Mesmo com milhões de brasileiros sem acesso à água potável, o desperdício de água está aumentando no país. Segundo um estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil, 39,2% da água potável captada no Brasil foi desperdiçada em 2019, um aumento de 2,5% em relação a 2015. O volume desperdiçado poderia encher cerca de 7,5 mil piscinas olímpicas com água tratada todos os dias, ou sete vezes o volume dos reservatórios da Cantareira, maior sistema de captação de água da região metropolitana de São Paulo.
As maiores perdas se concentraram nas regiões Norte (55,2%) e Nordeste (45,7%), seguidas por Sul (37,5%), Sudeste (36,1%) e Centro-Oeste (34,4%). De acordo com a análise, 15 estados brasileiros registraram taxa de desperdício de água potável superior à média nacional, com destaque para Amapá (74%), Amazonas (68%) e Roraima (65%). Nas capitais, a região Norte novamente desponta na liderança do desperdício de água, com Porto Velho/RO (84%), Macapá/AP (74%) e Manaus/AM (72%) na liderança do ranking.
A maior parte da perda de água potável (60%) se deveu a problemas de infraestrutura na rede de distribuição hídrica, como canos estourados e tubulações corroídas. Essa quantidade de água seria suficiente para abastecer às necessidades diárias de mais de 63 milhões de brasileiros – o que atenderia com folga as quase 35 milhões de pessoas que não possuem acesso à água no país atualmente. Furtos e erros de leitura dos hidrômetros correspondem ao restante da água desperdiçada.
CBN, CNN Brasil, G1, Poder360, UOL e Veja destacaram o levantamento do Trata Brasil sobre o desperdício de água.
Fonte: ClimaInfo
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