Glauco Arbix comenta a façanha, que coube ao jovem Caio Augusto Siqueira da Silva, de 17 anos, que agora sonha em estudar fora do País, porque, nas condições atuais, “é difícil desenvolver ciência aqui no Brasil”
Apesar dos ataques que a ciência vem sofrendo nos tempos atuais, um jovem estudante brasileiro, Caio Augusto Siqueira da Silva, de 17 anos, acaba de ganhar a medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Física, concorrendo com mais de 380 estudantes de 76 países. Silva se empenhou ativamente para conseguir esse feito, chegando a estudar até 16 horas por dia para se preparar para a competição, da qual o Brasil participa desde o ano 2000. O sonho do estudante agora é estudar ciências da computação fora do Brasil, e ele já fez até sua escolha: o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), uma das instituições mais importantes e renomadas do mundo.
Não se pode, porém, deixar de lado a pergunta de por que o desejo de estudar fora do próprio país? “A gente sempre procura o melhor e ele está procurando uma das universidades mais importantes”, diz Glauco Arbix, “mas, ao mesmo tempo, a gente vê como é difícil desenvolver ciência aqui no Brasil, nas condições atuais […]. Seria importante que a gente retivesse esses jovens talentos ganhadores, aqueles que se dedicam, porque é assim que a ciência avança”.
O colunista complementa, observando que universidades do mundo todo estão olhando para esses jovens valores. “Vão encontrar no Caio, certamente, uma dessas expectativas para ganhar um prêmio extremamente alto, se é que não será o próprio Nobel.”
Fonte: Jornal da USP
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