A professora Raquel Rolnik avalia que “a discussão sobre o comércio popular deve continuar incluindo a violência policial e violação de direitos”
O ano de 2021 se encerra de forma positiva para os ambulantes do Brás: a novela que se arrastava há anos, da Feira da Madrugada, chegou ao fim.
A professora Raquel Rolnik explica que “a feira ocupava um espaço público que pertencia ao governo federal e o terreno acabou sendo repassado para a Prefeitura, depois de um processo muito longo e burocrático. Foi feita uma concorrência pública e a concessionária Circuito de compras SPE venceu e vai poder explorar o local por 35 anos”, avalia.
O local, de 182 mil metros quadrados, vai dispor de 4 mil boxes em três pavimentos, mil lojas, praça de alimentação, banheiros, estacionamentos para 315 ônibus e 2.5 mil veículos.
Atualmente, existem 20 mil ambulantes trabalhando no entorno da área da Feira da Madrugada e o que está sendo ofertado são 400 vagas. Para Raquel Rolnik, “o empreendimento é positivo, mas não podemos esquecer da discussão sobre o comércio popular em torno dos ambulantes na cidade de São Paulo, principalmente na região central. Isso sem falar dos lojistas, que querem tirar os camelôs, ambulantes autorizados e não autorizados, ambulantes que querem ficar”, conclui.
Fonte: Jornal da USP
Comentários