Pela primeira vez, relatório do IPCC destacou a necessidade de combater esse gás invisível, que teria um poder de aquecimento 80 vezes maior do que o CO2
Que reduzir as emissões de gases de carbono é essencial para conter a crise climática, nós já estamos carecas de ouvir. No entanto, pela primeira vez, o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (IPCC) destacou a necessidade de controlar outro elemento, o metano (CH₄), gás invisível e incolor, que teria um poder de aquecimento 80 vezes maior do que o dióxido de carbono (CO2), no curto prazo.
A avaliação do relatório é de que a concentração do metano na atmosfera é maior do que nos últimos 800 mil anos, sendo liberado pela ação humana, principalmente através da agricultura e indústria de combustíveis fósseis.
Com o planeta se aproximando do limite de 1,5 graus, cientistas afirmam que as emissões de metano precisam ser cortadas. Charles Koven, principal autor do relatório do IPCC, afirmou em entrevista à CNN: “Cortar o metano é a maneira mais rápida de mitigar algumas das mudanças climáticas a curto prazo, nos próximos 10 anos”.
O metano, principal componente do gás natural que usamos no fogão, é lançado na atmosfera em altas quantidades em aterros, pela pecuária e pela indústria de petróleo e gás.
“No caso do dióxido de carbono, sempre soubemos o papel das usinas elétricas, chaminés e coisas do gênero, mas no caso do metano, até recentemente não entendíamos quanta influência um pequeno número de grandes fontes realmente tinha”, disse à CNN Robert Jackson, professor de ciência ambiental da Universidade de Stanford.
A Agência Internacional de Energia estima que a indústria mundial de petróleo e gás pode reduzir o metano em 75%, usando a tecnologia já disponível.
Os cientistas reiteram que os líderes mundiais precisam agir imediatamente para combater todas as emissões de gases do efeito estufa, não apenas o dióxido de carbono (CO2).
Fonte: Um só Planeta
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