Projeções feitas pela BloombergNEF sinalizaram que a adoção de veículos elétricos pode ser intensificada nas próximas décadas ao ponto de esses veículos representarem ao menos 2/3 das vendas globais de carros novos em 2040. De acordo com as estimativas, as vendas de carros elétricos de passeio devem crescer de 3 milhões de unidades em 2020 para 66 milhões em 2040. As vendas de modelos com motores a combustão já atingiram seu pico na década passada e, de agora em diante, devem cair gradualmente e perder espaço para os elétricos.
Um dos fatores que contribuirá para a expansão dos elétricos na frota automotiva global será a redução nos preços. De acordo com a BloombergNEF, os modelos eletrificados serão beneficiados com avanços tecnológicos na bateria, o que reduzirá os custos de produção e o preço final do produto. Na Europa, por exemplo, a expectativa é de que o preço médio do carro elétrico fique abaixo do carro com motor a combustão ainda nesta década. A Bloomberg deu mais detalhes.
Outro levantamento, lançado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA) na semana passada, ressaltou o potencial da eletrificação automotiva na América Latina e no Caribe. Os latino-americanos seguem bem atrás, em relação a outros continentes, como Europa e Ásia, mas alguns países da região começam a se movimentar: Chile, Colômbia, Costa Rica, Panamá e República Dominicana já contam com estratégias nacionais de mobilidade elétrica. Outras nações, como Argentina, México e Paraguai, estão em processo de elaboração de planos nacionais desse tipo.
O patinho feio dessa história, infelizmente, é o Brasil: sem discussões e planos oficiais, os carros elétricos ainda são uma possibilidade muito distante da realidade de nossas ruas. O Globo abordou o levantamento do PNUMA e dados sobre o mercado dos carros elétricos no Brasil.
Em tempo: A Anfavea, que representa a indústria automobilística nacional, apresentou nesta 3ª feira (10/8) um estudo sobre os investimentos necessários para reduzir a pegada de carbono no setor. De acordo com a entidade, a indústria prevê investimentos de R$ 150 bilhões nos próximos 15 anos, com foco em tecnologia e infraestrutura. No que diz respeito à venda de elétricos, a estimativa é de que elas respondam por 12% a 22% do total em 2030 e de 32% a 62% em 2035, a depender do cenário. Por outro lado, motores flex e a diesel ainda serão maioria na frota em 2035. O estudo também apontou a importância de medidas auxiliares para facilitar a queda das emissões de carbono do setor, como políticas de inspeção veicular e renovação de frota. O Globo repercutiu essa notícia.
Fonte: ClimaInfo
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