Pela 3ª vez em três anos, as Forças Armadas encabeçarão as ações do governo federal relativas ao desmatamento e às queimadas na Amazônia. O vice-presidente Hamilton Mourão confirmou que cerca de 3 mil militares serão deslocados para ações de apoio e combate ao desmatamento nos 26 municípios com maiores índices de destruição florestal. O efetivo permanecerá na região ao menos até o final de agosto, a depender da situação.
Animado, Mourão prometeu reduzir o desmatamento anual (de agosto de 2020 até julho de 2021) entre 10% e 12% na comparação com a taxa mais recente. O problema é que, nas duas operações de garantia da lei e da ordem (GLO) realizadas na Amazônia nos dois anos anteriores, os militares não conseguiram reduzir o ritmo de desmate nem a proliferação de queimadas na floresta. Com recursos e efetivos menores que os das GLOs anteriores, é difícil esperar que a nova operação militar consiga ter um resultado melhor. Estadão, Globo Rural, Jovem Pan e O Globo repercutiram a promessa de Mourão.
N’O Globo, Míriam Leitão ouviu Marcio Astrini (Observatório do Clima) e Tasso Azevedo (MapBiomas) sobre a meta de Mourão. Para eles, a meta é insuficiente, até porque o governo Bolsonaro segue enfraquecendo os órgãos especializados de fiscalização e promovendo os interesses de grileiros, madeireiros e garimpeiros em detrimento da proteção do meio ambiente.
Em tempo: Em maio de 2020, o IBAMA pediu ao ministério do meio ambiente a realização de concurso público para contratação de 970 analistas ambientais, com o objetivo de reforçar e renovar seu quadro funcional. Pouco mais de um ano depois, mesmo sem a contratação de qualquer servidor, o número de analistas ambientais solicitados pelo órgão caiu para apenas 104, 10,7% do total requisitado anteriormente. Rubens Valente deu mais detalhes no UOL.
Fonte: ClimaInfo
Comentários