As populações de mamíferos, pássaros, répteis, peixes e anfíbios de cerca de 4,4 mil espécies encolheram 68% entre os anos de 1970 e 2016 no mundo e estima-se que esse declínio seja, principalmente, consequência da degradação ambiental associada à ação humana.
A conclusão consta de um estudo do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), que avaliou a situação de cerca de 20 mil populações selvagens dessas espécies.
O declínio mais acentuado ocorreu na América Latina. A região registrou redução de 94% na abundância de suas espécies selvagens no período. Outro estudo verificou tendência semelhante. Nos últimos 500 anos, a América Latina perdeu 60% da sua fauna de mamíferos (Scientific Reports, 15 de setembro).
O Brasil foi o terceiro país mais afetado pelo processo de desfaunação, atrás apenas da Nicarágua e de Honduras, sendo a Mata Atlântica e a Caatinga os ambientes mais afetados — respectivamente, cada um registrou uma diminuição da ordem de 75% e 62% das populações de mamíferos de médio e grande porte, os mais afetados pela desfaunação.
Fonte: FAPESP
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