Uma análise da BloombergNEF indica que as fontes solar e eólica já se tornaram a forma mais barata de geração de energia elétrica em diversas localidades do globo. Em cinco anos, a operação de usinas a carvão e gás natural pode se tornar economicamente insustentável, quando a construção de novos parques solares e eólicos será a opção mais barata. Pela análise, cerca de 75% do Produto Interno Bruto (PIB) global, que inclui algumas economias do G20 (entre elas, a do Brasil), mais alguns países na África e na América Latina, já contam com preços de renováveis mais baixos que o de outras fontes energéticas mais sujas.
Mas há um limite econômico para a disseminação dessas fontes de energia limpa. De acordo com Seb Henbest, economista-chefe da BNEF, chegará um ponto em que essa expansão será saturada porque a tecnologia não reduz mais os custos de geração em comparação com o funcionamento das usinas térmicas existentes. Assim, ele sugere que as energias renováveis terão um teto entre 70% e 80% da matriz elétrica, dependendo das condições locais.
Em tempo: A crise econômica causada pela pandemia de COVID-19 colocou uma pedra no caminho da geração solar off-grid em países mais pobres. A Reuters citou dados da associação global da indústria do setor (GOGLA) constatando uma queda nas vendas globais de produtos de geração solar de 26% no 1º semestre de 2020 em comparação com o mesmo período do ano passado. O volume de vendas atingiu o menor nível desde 2014. A região mais afetada foi o sul da Ásia, que teve uma queda de 60% nas vendas, seguida pela África Oriental, que caiu 11%. O levantamento indicou também que a venda de equipamentos mais eficientes também foi prejudicada. Os principais pontos foram abordados pela Reuters.
Fonte: ClimaInfo
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