Com o incremento e a popularização do consumo de água de coco verde, aumenta-se também a produção de sua casca, material normalmente descartado. A casca do coco é um material de difícil decomposição e pode ser um problema para as áreas urbanas.
O aproveitamento da fibra da casca do coco verde na horticultura para o preparo de substratos utilizáveis na produção de mudas e ainda para o cultivo sem solo de hortaliças é viável, principalmente por sua não-reação com os nutrientes na adubação, sua longa durabilidade sem alterar suas características físicas, possibilidade de esterilização, abundância de matéria-prima e o baixo custo para o produtor. Essas características conferem ao substrato da fibra de coco verde qualidades dificilmente superáveis por outro tipo de material, mineral ou orgânico no cultivo sem solo de hortaliças e flores.
A produção de substrato a partir da casca de coco verde pode ser dividida nas seguintes etapas: 1. Coleta da matéria prima: selecionar cocos verdes e de preferência, de mesma procedência. 2.Desintegração/ trituração: cortar o coco verde com um facão em 6 a 8 pedaços; passar esses pedaços em picadeira de forragem sem peneira; deixar secar ao sol; após seco, triturar na picadeira de forragem em peneira de 3 mm ou 4 mm; 3. Lavagem das fibras: lavar por imersão ou em água corrente, tomando o cuidado para não perder as fibras de menor tamanho; deixar escorrer o excesso de água. 4. Compostagem: acrescentar 0,5 – 1,0 kg/m3 de ureia + 2 kg/m3 de calcário dolomítico e deixar em compostagem por 60 dias, realizando pelo menos 3 reviramentos (aos 15, 30 e 45 dias), quando o substrato destinar-se ao cultivo de plantas. Para a produção de mudas o período de compostagem estende-se por 90 dias com pelo menos 4 reviramentos (aos 15, 30, 45 e 60 dias). 5. Armazenamento: deixar secar à sombra e armazenar em local limpo, seco e coberto. Observação: para o cultivo de plantas em substrato de fibra de coco faz-se necessário fertirrigar com solução nutritiva; para produção de mudas deve-se agregar outros materiais à fibra de coco para melhoria de suas características físicas e químicas.
Fonte: Embrapa
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