A Polícia Federal (PF) encontrou pelo menos 2 mil garimpeiros ilegais na terra indígena Munduruku, sobretudo ao longo da cabeceira do rio Kabitutu, no estado do Pará. Durante uma operação sigilosa revelada pela coluna Janela Indiscreta, do Metrópoles, integrantes da força policial também destruíram 20 retroescavadeiras usadas na extração não permitida de minérios na área protegida por legislação federal. Cada máquina é avaliada em R$ 500 mil.
Embora a investida dos policiais tenha durado mais de uma semana, não houve cumprimento de mandados de prisão, já que a intenção da operação era apenas desarticular a prática ilegal na terra indígena.
Os criminosos sabiam da atuação da PF na região e, por isso, tentaram esconder todo o maquinário dentro das matas fechadas da região. Contudo, a ação recorreu ao uso de drones especiais para localizar os equipamentos.
O trabalho foi autorizado pela Justiça após investigações do Ministério Público Federal (MPF) indicarem a existência de aliciamento de integrantes de comunidades indígenas para participar do ato criminoso.
A ação tramita na Justiça Federal da Subseção Judiciária de Itaituba. De acordo com os investigadores, há também a participação de pessoas ligadas à regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) no esquema de extração ilegal nos garimpos, para que o material deixe o país pela fronteira com a República Cooperativa da Guiana.
Fonte: Metrópoles
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