O beneficiamento de óleos essenciais amazônicos, uma atividade que ajuda a manter a floresta em pé, será impulsionado a partir desta segunda-feira, 31, quando iniciam as atividades da segunda miniusina de óleos vegetais, inaugurada recentemente no município de Apuí, no Sul do Amazonas.
A produção da miniusina, construída pelo Projeto Cidades Florestais, será destinada ao mercado de insumos do setor de cosméticos. Entre os principais produtos beneficiados na nova estrutura, que possui capacidade mensal de processar até cinco toneladas de óleos fixos (gorduras, óleos e manteigas) e até 50 litros de óleos essenciais, estão os óleos de café, buriti, açaí, copaíba, além de manteigas de cacau e cupuaçu.
O projeto financiado pelo Fundo Amazônia/BNDES e executado pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam) contou com o apoio da Prefeitura Municipal de Apuí, Instituto de Desenvolvimento do Amazonas (Idam) e Secretarias de Meio Ambiente e de Produção Rural do Amazonas.
As associações envolvidas com o beneficiamento de óleos fixos e essenciais amazônicos, juntas, atualmente atendem 61 sócios. Ronaldo Moraes, presidente da Associação Ouro Verde, um dos responsáveis pela administração da miniusina, ressalta que é uma conquista dos comunitários, que podem trabalhar sem prejudicar o meio ambiente e sem desmatar. “As famílias estão muito animadas e esperamos que a demanda aumente para que possamos envolver mais pessoas na atividade e agregar ainda mais valor no nosso produto, que é fornecido pela natureza”, completou o gestor.
Óleo de café verde
André Vianna, coordenador do projeto Cidades Florestais, destaca que um dos carros-chefes da Inatú, marca coletiva recém-criada para expandir as oportunidades de negócios das organizações apoiadas pelo Cidades Florestais, será beneficiamento do óleo de café verde que possui valor médio de mercado de R$ 1,6 mil o litro (podendo aumentar de acordo com a qualidade do produto).
Ele explica a miniusina é apenas uma das muitas oportunidades de geração de novos negócios, que, ao beneficiar diretamente estas famílias dá exemplos de produção conciliada a conservação ambiental.
“A usina de óleos vegetais impulsiona cadeias produtivas que fomentam a manutenção da floresta. Esperamos, portanto, proporcionar a região uma alternativa econômica baseada em elementos da sociodiversidade e da agricultura familiar”, finaliza Vianna.
Fonte: Náferson Cruz – Revista Cenarium (Com informações do Idesam)
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